Reajuste do salário mínimo impactará prefeituras em R$ 2,5 bilhões.
Confederação Nacional dos
Municípios prevê dificuldades para pagamento do novo piso.
O Congresso Nacional já
aprovou a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2017. O texto prevê um aumento de 7,5%
do salário mínimo, que passará de R$ 880 para R$ 945,80 no ano que vem. A
Confederação Nacional de Municípios (CNM) avalia que esse reajuste causará um
impacto de R$ 2,5 bilhões no pagamento das folhas municipais.
Em um momento onde os Municípios
já estão combalidos com a queda significativa de recursos, qualquer correção
pode afetar seriamente as finanças públicas locais. No Brasil, o salário mínimo
é utilizado como piso salarial tanto para os empregos formais, onde estão
inclusos os funcionários públicos e os trabalhadores com carteira assinada,
como também para aposentadorias e outros benefícios sociais, explica o
presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
Porém, esse não é o único
motivo de preocupação. A entidade ressalta que os Municípios brasileiros
abrigam mais de três milhões de funcionários com remuneração vinculada ao
salário mínimo. As cidades de pequeno porte são as mais afetadas, pois abrigam
diversos funcionários cuja remuneração é de até 1,5 salário mínimo. Isso faz
com que suas despesas com pessoal aumentem progressivamente ao longo dos anos.
O maior problema dessa
política, aponta a Confederação, é que ela não menciona uma fonte de custeio
para o gasto extra das prefeituras com o reajuste do salário mínimo e também
não permite nenhuma intervenção do poder público local.
Metodologia
Para a realização do
levantamento, a entidade utilizou a base de dados do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), que reúne diversas informações trabalhistas a nível nacional.
Foram considerados para a base final do estudo funcionários públicos municipais
de diferentes poderes que trabalham em qualquer ocupação com carga de trabalho
semanal superior a 20 horas semanais. Além disso, permaneceram aqueles que
ganham mais que R$ 308,18 e menos que R$ 33.763,00.
Na mensuração do impacto
de reajuste, a entidade considerou encargos como férias, 13.º salário e outros
incidentes no salário base. A CNM destaca ainda, que o banco de dados envolve
apenas os funcionários públicos municipais ativos, excluindo, portanto, os
aposentados.
Jornal da Paraíba


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