Ministro do STF que mantém amizade com os investigados deve se averbar suspeito e não participar do sorteio para relator da Lava Jato.
Deputado estadual Jeová Campos |
Opinião é do advogado e
deputado estadual, Jeová Campos (PSB)
“Diante da importância
para continuidade da investigação deste escândalo, que envolve a classe
política brasileira, especialmente políticos de alto escalão, de vários
partidos, é imprescindível que ministros do STF que tenham amizade pessoal com
os investigados, a exemplo de Gilmar Mendes, devem se averbar suspeito e não
participar do sorteio que escolherá o relator substituto de Teori Zavascki”,
afirma o deputado estadual Jeová Campos.
O parlamentar reiterou que
é fundamental que o ministro que deverá substituir o antigo relator da Lava
Jato e conduzir o processo das delações premiadas da Odebrecht deve ser um
ministro que mantenha distância pessoal de todos os investigados. “Ora, é
público e notório que o ministro Gilmar Mendes mantém laços de amizade com os
maiores figurões da República que são investigados na Lava Jato, a exemplo de
Michel Temer, de boa parte dos ministros do atual governo, incluindo José
Serra, Aécio Neves, e grandes figurões do PSDB, PMDB , etc”, destaca Jeová.
“É muito estranho, que
neste momento, justamente quando se discute a substituição do relator da Lava
Jato, o ministro Gilmar Mendes vá jantar com seu amigo pessoal de mais de 30
anos Michel Temer, em Brasília, em pleno domingo?”, indaga Jeová. Segundo ele,
é público e notório que Gilmar Mendes ocupa um papel de defensor de Fernando
Henrique Cardoso, de Aécio Neves, de José Serra, do próprio presidente Michel
Temer e isso, por si só, já é o suficiente para considerá-lo impedido de
assumir a relatoria da Lava Jato. Advogado por formação, o parlamentar reitera
que os laços que unem o ministro Gilmar Mendes aos grandes figurões da política
nacional investigados na Lava Jato o impedem moralmente e eticamente de
participar do sorteio que escolherá o novo relator da Operação.
Para Jeová, o STF precisa
tomar uma decisão definitiva sobre essa substituição, prosseguir com as
investigações e julgamentos, imparciais e justos, que mostrem ao Brasil a
classe política que, efetivamente, nos governa. “O país precisa sair desta
podridão da política e o STF não pode ficar de joelhos diante de tanta
bandidagem da classe política, dos ‘professores’ da moralidade que estão mais
sujos que poleiro de galinheiro”, finalizou Jeová Campos.
ascom
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