Maioria do STF rejeita suspeição de Janot para atuar em processos contra Temer.
A maioria dos ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, há pouco, pedido feito pela defesa do
presidente Michel Temer para seja declarada a suspeição do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, para atuar em investigações relacionadas ao
presidente, iniciadas a partir das delações da JBS. Até o momento, há cinco
votos contra a suspeição. O julgamento continua para a colheita dos demais
votos.
Os ministros seguiram voto
proferido pelo relator do caso, ministro Edson Fachin, que negou o mesmo pedido
antes de o recurso chegar ao plenário. No voto proferido na sessão desta tarde,
o relator disse não há indícios de Janot atuou de forma imparcial e com
“inimizade em relação a Temer.
Segundo a Fachin,
declarações do procurador à imprensa não podem ser consideradas como causa de
suspeição. Na ação, a defesa de Temer também cita uma palestra na qual Janot
disse que, "enquanto houver bambu, lá vai flecha", fazendo referência
ao processo de investigação contra o presidente.
Votaram com o relator os
ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux e Dias Toffoli. Ainda faltam votar Ricardo Lewandowski, Celso
de Mello, Marco Aurélio, e a presidente, Cármen Lúcia.
No início do julgamento, a
defesa do presidente Temer voltou a afirmar que Janot agiu de forma parcial nas
investigações envolvendo o presidente. Ao subir à tribuna da Corte, o advogado
Antônio Claudio Mariz, representante de Temer, disse que a prisão dos
empresários Joesley e Wesley Batista, em cujas delações foram baseadas as
acusações, podem indicar que Janot não teve os devidos cuidados na
investigação.
Agência Brasil
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