NOVO AUMENTO: Petrobras eleva preço da gasolina em 2,25% nas refinarias.
A Petrobras anunciou a
elevação de 2,25% no preço da gasolina comercializada nas refinarias. Com a
alta, o litro da gasolina A nas refinarias passará de R$ 1,9671 para R$ 2,0113
a partir deste sábado (2), segundo informou a empresa em sua página. Trata-se
da 2ª alta seguida após uma sequência de 5 quedas.
Na quarta-feira, a estatal
havia anunciado aumento de 0,74% no preço da gasolina. Na terça-feira, os
preços tinham sido reduzidos em 2,84%. Desde o início de maio, já foram
anunciadas 14 altas e 6 quedas no preço da gasolina.
Já o preço do diesel seguirá
em R$ 2,1016 o litro nas refinarias até o dia 7 de junho, conforme ficou
estabelecido pelo programa de subvenção ao combustível anunciado pelo governo,
que prevê redução de R$ 0,46 no preço do diesel por 60 dias.
O repasse dos preços
cobrados nas refinarias para as bombas depende das distribuidoras e dos donos
dos postos. Nas últimas semanas, os cortes anunciados pela Petrobras não foram
sentidos pelos consumidores, em meio à crise de abastecimento provocada pelos
protestos dos caminhoneiros.
O diretor-geral da Agência
Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, estimou na véspera que a redução de
R$ 0,46 no litro do diesel pode levar até 15 dias para chegar aos consumidores
de todo o país.
A Petrobras adotou novo
formato na política de ajuste de preços em 3 de julho do ano passado. Segundo a
nova metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, inclusive
diariamente, refletindo as variações do petróleo e derivados no mercado
internacional, e também do dólar. Desde o início do formato, o preço da
gasolina comercializado nas refinarias acumula alta de cerca de 50%.
O programa de subsídio aos
combustíveis anunciado pelo governo abrange apenas o preço do diesel. O
ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou na terça-feira (29) que o governo
não tem recursos orçamentários para baixar a tributação também sobre a gasolina
e sobre o gás de cozinha.
O subsídio total para o
preço do diesel, que custará R$ 9,58 bilhões, tem por objetivo manter, por 60
dias, o desconto de R$ 0,46 no preço do diesel nas refinarias. Depois disso, o
preço oscilará mensalmente, segundo acordo fechado com os caminhoneiros. Para
viabilizar esses subsídios, o governo decidiu acabar com benefícios para a
indústria química, quase eliminar incentivos para exportadores e cancelar parte
de gastos de uma série de programas públicos.
O governo prevê repasse de
R$ 4,9 bilhões à Petrobras ainda em 2018 (R$ 700 milhões por mês) como forma de
compensação pelas variações do dólar e petróleo. Na prática, a cada 30 dias, a
Petrobras vai estipular o preço que será cobrado nas refinarias. Em caso de o
valor ficar abaixo do mercado, o governo pagará à estatal a diferença.
Se o preço fixado estiver
acima do estipulado pelo mercado, a estatal ficará com crédito para compensação
nos meses subsequentes.
G1
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