‘Foi assustador’, diz morador após chacina com sete mortes.
A Polícia Civil investiga a
motivação de uma chacina que deixou sete mortos no bairro Passo das Pedras, na
Zona Norte de Porto Alegre, na noite de quinta-feira (19). As mortes
aconteceram por volta das 20h, dentro de uma casa que seria frequentada por
usuários de drogas. A região é movimentada, fica próxima da Avenida Baltazar de
Oliveira Garcia, e a menos de 500 metros de um Batalhão da Brigada Militar.
Sem se identificar, um
morador relata medo da violência.
"Uns trinta tiros, eu
acho. Ficou uns 10, 15 minutos, eu acho, com barulho de tiro. Depois o barulho
da polícia, barulho de ambulância. Foi assustador", conta.
O número de mortes é o mesmo
de outra chacina ocorrida no dia 16 de junho em Viamão, na Região Metropolitana
de Porto Alegre, quando sete pessoas foram mortas, e um oitavo corpo foi
localizado na região durante a tarde. De acordo com a Divisão de Planejamento e
Coordenação da Polícia Civil, essas foram as maiores ocorrências desde abril de
2015. Naquele ano, em Cidreira, no Litoral Norte, seis pessoas foram
executadas.
O crime
De acordo com a polícia,
criminosos desceram de um veículo, entraram no imóvel e abriram fogo contra as
vítimas. Quatro homens e as duas mulheres que estavam grávidas morreram no
local. Médicos do Samu foram acionados para tentar salvar os bebês, mas as
equipes não tiveram sucesso.
A sétima vítima morreu no
hospital durante atendimento, e um oitavo baleado foi internado em estado
grave.
A motivação e a autoria do
crime ainda são investigadas pela Polícia Civil, mas não se descarta a relação
com o tráfico de drogas.
"As informações
iniciais dão conta de que esse local seria frequentado por pessoas consumidoras
de drogas, havia um entra e sai com frequência de indivíduos
consumidores", afirma o delegado Paulo Rogério Grilo.
De acordo com a polícia, a
Zona Norte de Porto Alegre é uma das regiões conflagradas pela violência.
"A Zona Norte em geral da capital é a zona que concentra o maior número de
homicídios [...] O que destoa mesmo nesse caso é o número de vítimas em uma
ocasião só serem abatidas dessa forma. Não é habitual", detalha.
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Residência onde aconteceu a chacina |
G1
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