Estrutura do Ministério do Trabalho será unida a outra pasta.
Durante visita ao Tribunal
Superior do Trabalho (TST), o presidente eleito, Jair Bolsonaro, esclareceu
nesta terça-feira (13), que a estrutura do Ministério do Trabalho será absorvida por outra
pasta. Sem detalhar o que pretende fazer, Bolsonaro indicou que a pasta do Trabalho
pode ser fundida à Indústria e Comércio, que será agregado ao Ministério da
Economia.
“Vai ficar junto com outra
pasta”, disse o presidente eleito, em meio ao tumulto causado pela sua visita
no Tribunal.
Em um breve discurso no TST,
Bolsonaro reiterou que o país deve ser administrado de forma conjunta e
sinalizou que defende mudanças na legislação trabalhista para promover geração
de empregos. Segundo ele, o desemprego é um “problema seríssimo”.
“Sozinho, nada
conseguiremos. O Brasil enfrenta um problema seríssimo, o desemprego. E o que
nós pudermos, em conjunto, aperfeiçoarmos a legislação e que esse impasse seja
resolvido, vossa excelência pode contar comigo e eu tenho certeza que conto com
vossa excelência também”, disse ao presidente do TST, João Batista Brito
Pereira.
Pacificação
O presidente eleito
acrescentou que não pretende fazer mudanças sem consultar antes a Constituição.
Segundo ele, é preciso deixar o “espírito aguerrido” das eleições e buscar
soluções para o Brasil.
“Quem primeiro deve dar o
passo de pacificação somos nós para que não tenhamos problema lá na frente com
outros tribunais. Os senhores são importantíssimos nessa questão trabalhista e
nós pretendemos aprofundar esse laço de amizade”, disse.
História
Bolsonaro recebeu um catálogo
sobre os 70 anos do TST e conversou em particular no gabinete com o presidente
do tribunal, João Batista Brito Pereira. Segundo o magistrado, na conversa não
foi mencionada a possibilidade de extinção do Ministério do Trabalho.
Pereira disse ainda que
acredita que o governo de Bolsonaro não vai desrespeitar os trabalhadores. “Nós
confiamos que o presidente Bolsonaro está muito seguro de que não fará mal aos
trabalhadores e à administração pública de uma forma geral.”
O presidente do Tribunal
disse ainda que, com o tempo, a reforma trabalhista será melhor assimilada
pelos magistrados, especialistas e pela sociedade.
“A nossa preocupação é
exercer bem a magistratura, julgar bem dentro dessas questões que estão aí nas
novidades que vieram na reforma. Me parece que é uma boa reforma, porque trouxe
inclusive novidades, e a novidade, às vezes, assusta num primeiro momento.”
Agência Brasil
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