Preso na ação da PF em MG jogou R$ 3 mil na privada.
Um dos presos na Operação
Capitu, deflagrada nesta sexta-feira (9) pela Polícia Federal em Minas Gerais,
escondeu R$ 3 mil reais na privada de sua casa para evitar a apreensão do
dinheiro.
O advogado Mateus de Moura
Lima Gomes é apontado como principal operador financeiro de Antônio Andrade
(MDB), vice-governador de Minas Gerais e ministro da Agricultura entre 2013 e
2014. Andrade também foi preso pela investigação que mira pagamento de propina
da JBS ao ministério e a políticos do MDB.
Quando a PF chegou à casa do
advogado, fez o flagrante da mulher dele tentando se livrar das notas. Um total
de R$ 20 mil foi apreendido no local.
Gomes foi vice-diretor da
Cemig, estatal mineira de energia, por indicação de Andrade.
O escritório do advogado
também participou de um esquema de lavagem de dinheiro alvo da operação.
Segundo a PF, executivos da JBS repassaram R$ 30 milhões ao ex-deputado federal
Eduardo Cunha (MDB-RJ) em 2014 para sua campanha à Presidência da Câmara.
Metade do montante teria
sido repassada a Andrade. Ele e João Magalhães (MDB), deputado estadual em
Minas, distribuíram a verba entre a bancada mineira por meio de notas frias da
JBS com seis escritórios de advocacia, inclusive o de Gomes.
Outra forma de lavar
dinheiro foi por meio da rede de supermercados BH, que, segundo a PF, repassou
dinheiro devido da JBS a políticos em espécie ou em doações oficiais de
campanha em 2014. Os delegados afirmam que houve dinheiro entregue em caixa,
malas e até em caixa de sabão.
A chamada Operação Capitu
cumpriu 19 mandados de prisão nesta sexta -três alvos ainda não foram presos.
Entre os presos estão o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, o
ex-ministro Neri Geller (PP-MT), o executivo Ricardo Saud (ex-diretor da JBS,
holding que controla a JBS), Demilton Antonio de Castro (então contador da JBS)
e Florisvaldo Caetano de Oliveira (auxiliar de Saud).
Segundo a Polícia Federal, a
prisão de executivos que já fecharam acordo de delação foi necessária porque
houve tentativas de obstrução de Justiça e omissões. A defesa nega essa versão
e diz que todos os fatos investigados foram narrados pelos empresários em
delação.
Com informações da
Folhapress
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