Procurador recomenda à FPF jogos do Paraibano com portões fechados em 2019.
A Comissão Estadual de
Prevenção e Combate à Violência nos Estádios da Paraíba realizou reunião na
última quarta-feira (19/12), no auditório do Comando Geral do Corpo de Bombeiro
Militar nesta Capital. Coordenada pelo procurador de Justiça, Valberto Lira,
também coordenador do Núcleo do Desporto e da Defesa do Torcedor (Nudetor), a
comissão expediu recomendação à Federação Paraibana de Futebol (FPF) para que
os jogos do Campeonato Estadual de Futebol Profissional da 1ª Divisão de 2019
sejam realizados de portões fechados, caso os gestores não resolvam as
irregularidades dos estádios.
Para a reunião foram
convidados todos os 10 clubes que participarão do campeonato e gestores dos
estádios: Secretaria de Estado de Juventude Esporte e Lazer - Sejel, gestora do
Almeidão, Amigão e Perpetão; o Treze Futebol Clube, dono do Presidente Vargas -
PV; Prefeitura Municipal de Patos, proprietária do Estádio Zé Cavalcante; a
Prefeitura Municipal de Sousa, proprietária do Marizão e a Federação Paraibana
de Futebol (FPF).
Foram mostradas aos gestores
as condições dos estádios, todos reprovados pelos laudos de prevenção e combate
a incêndio e pânico, do Corpo de Bombeiros e aprovados com restrições pelos
laudos de segurança de atribuição da Polícia Militar. Vale ressaltar que a
comissão preocupada com a situação dos estádios, convocou uma primeira reunião
para o dia 13 de novembro, convidando todos os dez clubes que participarão do Campeonato
Estadual de Futebol Profissional da 1ª Divisão do ano de 2019, os gestores dos
estádios (a Sejel, o Treze Futebol Clube, Prefeitura Municipal de Patos e a
Prefeitura Municipal de Sousa).
Naquela reunião seria
mostrada a situação e oferecida oportunidade para encontrarmos solução. Só um
representante da Prefeitura Municipal de Sousa compareceu. “A preocupação da
Comissão é, primeiro com os torcedores paraibanos que nada tem a ver com a
desorganização e são, em termos, quem sustenta os clubes pagando ingressos e os
próprios clubes que têm um custo para formação de seu planteis, folha de
pagamento, etc. Por conta deles sempre procuramos alternativas”, ressaltou o
coordenador da Comissão, o procurador Valberto Lira.
Ainda segundo o membro do
Ministério Público, no último dia, só compareceram representantes do Botafogo e
do Atlético de Cajazeiras que, na verdade, nada podem fazer, pois não são donos
de estádios. Mais uma vez os responsáveis pelos laudos mostraram a lamentável
situação dos estádios o que, por conta das novas exigências da Portaria
290/2015, do Ministério dos Esportes, terão os gestores que sanar as
irregularidades ou não acontecerão jogos.
A posição da comissão foi
nesse sentido: os gestores deverão apresentar organograma para sanar as
irregularidades, na reunião que, a princípio, poderá ser realizada no próximo
dia 8 de janeiro. Segundo Valberto Lira, sem as propostas, a comissão não se
reunirá. A presidente da FPF, Michele
Ramalho, o ouvidor Tassiano Gadelha e o presidente da Comissão de Arbitragem,
Arthur Alves, participaram da reunião.
“Expedimos recomendação à
FPF com essa posição, ou seja, realização de jogos de portões fechados. Ressaltamos a existência de um TAC assinado
pela Sejel, FPF e clubes Botafogo, Campinense, Treze, CSP e Nacional e duas das
cláusulas tratam sobre o assunto: a 11ª,
Parágrafo Único, diz que: ‘A Federação Paraibana de Futebol, após receber os
laudos e se algum deles desaprovar, não designará eventos esportivos para o
estádio cuja administração não esteja cumprindo as diretrizes aqui acordadas,
se aprovar com restrições, deverá ser cumprido o disposto na cláusula quinta,
sob pena de multa, por evento, no valor de R$ 50 mil”; Por outro lado, há
também a cláusula sétima do TAC, que
determina: ‘Transcorrido o prazo determinado pelo cronograma, a Federação
Paraibana de Futebol-FPF não designará eventos esportivos para o local até que
as irregularidades sejam sanadas’”, lembrou o procurador Valberto Lira.
Ascom/MPPB
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