Mais um caso clínico diagnosticado e tratado no Hospital Regional de Picuí recebe destaque na Comunidade Científica Internacional.
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| Situação que a paciente chegou ao especialista |
A revista científica
internacional “The Open Dentistry Journal” publicou em seu volume 12, do último
dia 30/11/2018, o caso de uma criança de 6 anos de idade que apresentava um
“tumor na gengiva com cerca de 2 meses de evolução” que foi diagnosticado e operado
no Hospital Regional Felipe Tiago Gomes de Picuí-PB, pela equipe do cirurgião
buco-maxilo-facial Dr. Edgley Porto que relata a seguir:
“Este caso clínico é um dos
eixos do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial criado aqui no
Hospital Regional de Picuí desde 2011, que abrange o diagnóstico e tratamento
das lesões buco-maxilo-faciais, entre elas o câncer de boca; traumatismos
craniofaciais, em especial as fraturas, bem como os atendimentos em urgência e
emergência e que também está inserido no Mestrado em Cirurgia e Traumatologia
Buco-Maxilo-Facial que estou cursando na Universidade de Pernambuco (FOP-UPE)”.
“Quero mais uma vez
agradecer e pedir forças a Deus de poder continuar a frente desse Serviço de
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial de razoável importância para Picuí
e região, e expressar aqui minha gratidão a todos que fazem parte do Hospital
Regional Felipe Tiago Gomes de Picuí-PB, desde o pessoal de apoio, maqueiros,
técnicos, enfermeiros e médicos, indistintamente, sem é claro deixar de
ressaltar o apoio da gestão e da direção do Hospital, sem o qual não teríamos
como desenvolver este Serviço”.
Para ver o artigo na íntegra
acesse: (clique em “Download PDF”)
APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO
1. Exame clínico
Paciente J.O.D., 6 anos,
gênero feminino, leucoderma, compareceu ao ambulatório do Serviço de Cirurgia e
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Regional Felipe Tiago Gomes,
Picuí-PB, relatando um “caroço na boca” há cerca de 2 meses.
A história médica do
paciente não sugere maiores considerações e não há relatos de câncer na
família.
Ao exame clínico da cavidade
bucal observou-se que a paciente apresentava uma dentição mista, presença de
biofilme e cárie dentária. Região alveolar do lado direito, correspondente à
região dos elementos dentais 84 e 85, apresentando lesão de aspecto tumoral,
coloração arroxeada, consistência endurecida, crescimento lento e exofítico,
implantação séssil, bem delimitada, de aproximadamente 30 mm de diâmetro.
Ao exame de imagenológico em
TC, corte axial, com janela para tecido mole, observou-se imagem nodular, com
densidade de partes moles, limites parcialmente nítidos, medindo
aproximadamente 2.0x2.0x1.0 cm, localizada nas partes moles adjacentes à face
lateral direita da mandíbula.
Não apresentava linfonodos
cervicais alterados à palpação e o restante dos exames hematológicos
pré-operatórios do paciente estavam dentro da normalidade.
Complementando a história
clínica, foi relatado que a paciente já tinha se submetido a procedimentos
cirúrgicos para remoção da lesão em outros serviços, porém, sempre com sinais
de recidiva.
2. Biópsia
Foi realizada uma biópsia
incisional da lesão e a peça cirúrgica foi encaminhada inicialmente para exame
anatomohistopatológico, cujo laudo foi compatível com o de lesão de células
gigantes periférica.
As imagens das lâminas do
exame histopatológico evidenciaram presença de numerosas células gigantes
multinucleadas organizadas em focos, em permeio a um tecido conjuntivo fibroso
denso, que exibia fibras colágenas arranjadas em feixes paralelos e fibroblastos
volumosos ora ovóides ora fusiformes.
O diagnóstico foi fechado em
lesão periférica de células gigantes, tendo sido proposto o tratamento
cirúrgico radical através de exérese da lesão.
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| Procedimento cirúrgico |
3. Procedimento Cirúrgico
O procedimento cirúrgico foi
realizado sob anestesia geral com entubação nasotraqueal e infiltração local de
citocaína a 2% com adrenalina, incisão elíptica e em cunha com lâmina 15, com
margem de segurança de 1cm, excisão da lesão, cauterização da área cirúrgica
com bisturi elétrico, irrigação com solução fisiológica a 0,9% e remoção de
debris, sutura em pontos separados com fio seda 3-0.
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| Nódulo retirado |
A peça cirúrgica medindo
aproximadamente 25x20x10mm foi encaminhada para exame histopatológico para
confirmação do diagnóstico.
4. Proservação
A sete dias do procedimento
cirúrgico, após a remoção da sutura, a área operada ainda estava em fase de
cicatrização, o paciente foi orientado quanto à higiene local.
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| Processo de cicatrização |
A proservação de 15 e 30
dias mostraram já os elementos dentais 44 e 45 em estágio final de esfoliação.
Fonte e fotos: Dr. Edgley Porto (foto)
Mestrando em Cirurgia e
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pela Universidade de Pernambuco (FOP-UPE);
Especialista em Cirurgia e
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pela Universidade Estadual da Paraíba (2009);
Especialista em
Implantodontia pela Funorte/SOEBRAS (2017);
Especialista em Gestão em
Saúde/ Gestão Hospitalar pela Universidade Estadual da Paraíba (2015);
Pós-graduado em Ortodontia
pela CIIODONTO (2015);
Membro do Colégio Brasileiro
de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial;
Cirurgião e Traumatologista
buco-maxilo-facial do Hospital Regional Felipe Tiago Gomes, Picuí-PB;
Cirurgião e Traumatologista
buco-maxilo-facial do Hospital Municipal Padre Alfredo Barbosa, Cabedelo-PB.
Atua nas áreas:
- Cirurgia e Traumatologia
Buco-Maxilo-Faciais;
- Cirurgia Ortognática;
- Cirurgia Artroscópica das
ATMs
- Implantes Dentais;
- Dor Orofacial e Disfunção
Têmporo-Mandibular;
- Diagnóstico e Patologia
Bucal
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