Manifestantes protestam contra bloqueio de verbas das universidades públicas em todo o país.
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Por meio de nota, o MEC se
dispôs a debater sobre possíveis soluções que garantam o bom andamento dos
projetos e pesquisas em curso.
As principais cidades do
País foram palco, nesta quarta-feira (15), de diversas manifestações contra o
bloqueio de recursos para a educação, anunciado pelo governo federal. As
mobilizações foram registradas nos 26 estados e no Distrito Federal. Além
disso, escolas e universidades também fizeram paralisações.
Em São Paulo, a manifestação
ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista.
Nas universidades públicas houve o pedido para que as atividades fossem
paralisadas. Na Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, não houve aula em
nenhuma das faculdades. Já a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade
Estadual Paulista (Unesp), deixaram a cargo dos estudantes a decisão de
assistir às aulas ou ir ao protesto.
Em Brasília, os
manifestantes ficaram em frente ao Museu da República, na Esplanada dos
Ministérios. Dali, seguiram em direção ao Congresso Nacional. O grupo reivindicava mais investimentos nas
universidades públicas.
No Rio de Janeiro, os
manifestantes se reuniram na Igreja da Candelária e, no final da tarde,
caminharam pela Avenida Presidente Vargas com destino à Central do Brasil.
Todas as faixas da via foram ocupadas pelos manifestantes, já que o trânsito de
veículos foi proibido no local.
Em Curitiba, a manifestação
ocorreu na Praça Santos Andrade, em frente à Universidade Federal do Paraná. De
lá, eles foram em direção à sede da prefeitura e depois o grupo também seguiu
para a Assembleia Legislativa.
Em Salvador, a mobilização
foi no Largo do Campo Grande, no centro. De lá, os estudantes, professores,
sindicalistas e apoiadores da manifestação saíram em caminhada com destino à
Praça Castro Alves.
Segundo o Ministério da
Educação, o bloqueio preventivo atingiu apenas 3,4% das verbas discricionárias das
universidades federais, cujo orçamento para este ano totaliza R$ 49,6 bilhões.
Durante uma entrevista em
Dallas, nos Estados Unidos, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse
que os manifestantes são uns idiotas úteis, uns imbecis que estão sendo
utilizados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o
núcleo de muitas universidades federais do Brasil.
Em seguida, Bolsonaro
afirmou que não gostaria de contingenciar verbas, em especial da educação, mas
que o bloqueio é necessário. Ele disse que a Educação está deixando muito a
desejar, que a “garotada”, com 15 anos de idade, no nono ano, não sabe fazer
uma regra de 3 e questionou: Qual é o futuro destas pessoas?
Por meio de nota, o MEC se
colocou à disposição para debater possíveis soluções que garantam o bom
andamento dos projetos e pesquisas em curso.
Repórter Cintia Moreira/Por
Agência do Rádio
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