Paraíba tem índice de mortalidade materna 150% superior ao aceitável pela ONU e Camila defende Programa Estadual para reduzir óbitos
No Dia de Luta Nacional pela
Redução da Mortalidade Materna, comemorado nesta terça-feira, 28 de maio, a
deputada estadual e presidente da Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa,
Camila Toscano (PSDB), defendeu a adoção de um Programa Estadual, que concentre
medidas que diminuam os índices de morte e de maus tratos às mulheres grávidas
e que seja desenvolvido em parceria com os municípios. Na Paraíba, segundo
dados do Observatório da Criança, da Fundação Abrinq, a cada 10 mil bebês que
nascem vivos no Estado, 87,4% das mães morrem por conta de problemas no parto.
O índice é 150% superior ao aceitável pela Organização Mundial de Saúde (ONU).
“Faltam pré-natais
acessíveis e de qualidade, maternidades com estrutura para atendimento adequado
e assistência ao parto feita por profissionais capacitados, empáticos e em
número suficiente para um olhar cuidadoso e atento. Muitas mulheres ainda são
vítimas de violência obstétrica e precisamos superar muitas dificuldades na
hora da chegada dos filhos. É preciso um programa que reúna uma política única
para a diminuição desses números e ofereça condições dignas para as mulheres”,
defendeu Camila.
No Brasil, em 2018 ocorreram
44 mortes maternas para cada 100 mil partos no Brasil, contra 14 nos EUA e três
na Finlândia. “O mais assustador é que 92% destas mortes são evitáveis e, para
cada morte, outras 30 mulheres quase morrem e ficam com sequelas”, comentou a
deputada.
Camila Toscano lembrou ainda
que, conforme o Data SUS, 60% dos partos que acontecem no Estado são
concentrados em João Pessoa e em Campina Grande e 116 municípios da Paraíba não
realizam esses procedimentos. “Quem não lembra do governador Ricardo Coutinho
bradando, ainda na campanha, que os paraibanos iriam voltar a nascer nas suas
cidades, sem precisar que suas mães se deslocassem para outros municípios para
dar a luz? Infelizmente essa promessa não saiu do papel e falta infraestrutura
e profissionais para possibilitar que isso aconteça”, lamentou.
Assessoria de Imprensa
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