Picuí relacionado: Maiores cidades da PB concentram mais ocorrências de violência contra a mulher e Camila defende abertura de novas delegacias.
Dados da Coordenação das
Delegacias da Mulher na Paraíba (Coordeam) mostram que o maior número de
inquéritos instaurados pela polícia para investigar casos de violência contra a
mulher foram registrados nas maiores cidades do Estado. Apenas em Campina Grande,
nos quatro primeiros meses do ano, foram 443 inquéritos. Com base nos números,
a deputada e presidente da Comissão dos Direitos da Mulher na Assembleia
Legislativa (ALPB), Camila Toscano (PSDB), defendeu a abertura de mais
delegacias especializadas em outros municípios.
A Rainha da Borborema é
seguida em números de inquéritos por João Pessoa (380), Bayeux (92), Picuí
(86), Mamanguape (68), Patos (66), Cabedelo (55), Monteiro (51), Santa Rita
(46), Queimadas (43), Sousa (42), Guarabira (41) e Cajazeiras (32).
“Esses números refletem
apenas as denúncias feitas em localidades que possuem delegacias especializadas
em proteção a mulher ou que são próximas a outras cidades. Sabemos que esses
números são bem maiores, pois muitas mulheres deixam de denunciar por não
encontrar uma delegacia ou ter uma proteção policial. Sabemos que não é fácil
abrir novas delegacias, mas é necessário. Muitas mulheres estão morrendo
justamente por essa falta de espaços para que façam as denúncias. Temos que
pensar em uma solução para esse problema em nosso estado”, disse Camila.
A soma de 443 investigações
iniciadas em Campina Grande indica uma média de 110 denúncias de violência
contra a mulher, por mês, na cidade. Em todo o estado, são 1.382 inquéritos
instaurados nas 14 delegacias da mulher. Só no mês de abril, o número atingiu o
total de 366, menor apenas do que o número registrado em janeiro (403).
De acordo com Camila
Toscano, também é preciso trabalhar junto às mulheres paraibanas no sentido de
encorajá-las a fazer as denúncias. Apesar do número alto de abertura de
inquéritos, poucas foram as medidas protetivas solicitadas, uma vez que algumas
mulheres escolhem pela não continuidade da investigação. No mês de abril, 431
medidas protetivas foram concedidas a mulheres paraibanas.
Assessoria de Imprensa
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