Juíza de CG inicia campanha de arrecadação de livros para sala de leitura da Cadeia Pública de Soledade.
A juíza Ivna Mozart Bezerra
Soares, que coordena os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania
(Cejusc) da região de Campina Grande, iniciou campanha para arrecadar livros
paradidáticos que serão doados à Sala de Leitura da Cadeia Pública de Soledade.
As doações podem ser entregues na Gerência do Fórum Affonso Campos, que fica no
Bairro da Liberdade, em Campina Grande, até o dia 30 de agosto. Os interessados
também poderão realizar as doações na própria Cadeia Pública de Soledade,
podendo entrar em contato por meio do telefone (83) 3383-1554.
De acordo com a magistrada,
as doações vão permitir que a unidade prisional possa ofertar a possibilidade
da remição da pena por meio da leitura. No local, funciona o Projeto ‘Uma nova
página’, que realiza aulas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e cursos
de informática básica aos apenados. Além disso, a partir da próxima semana, os
apenados do local também poderão ter acesso a aulas de violão e eletricidade
predial. Atualmente, a unidade possui 25 apenados recolhidos e 18 nos regimes
semiaberto e aberto.
“Penso que, no Brasil, não
temos uma visão suficientemente clara a respeito do quão importante é a
comunidade na resolução de conflitos. Em outros países onde a concepção de
práticas restaurativas está mais desenvolvida, a participação da comunidade tem
sido encarada com mais protagonismo. Então, uma campanha dessa natureza é uma
forma de a comunidade, efetivamente, colaborar com a verdadeira restauração das
pessoas que, tendo transgredido a lei, estão cumprindo a sua pena. A punição
pura e simples não soluciona a questão. É preciso tratar a pessoa em toda a sua
inteireza”, destacou.
O diretor da Cadeia Pública
de Soledade, Marcos Thiago Marinho, informou que, atualmente, 20 apenados
estudam na EJA e 12 participam do curso de informática básica. “As aulas de
violão já terão início na próxima terça-feira”, disse. O Projeto ‘Uma nova
página’ permite que os detentos possam reduzir suas respectivas penas em até 48
dias por ano por meio da participação voluntária nos cursos.
Por Celina Modesto
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