Educação integral é meta do Plano Nacional de Educação. Governo quer chegar a 500 mil novas matrículas até 2022.
Imagem ilustrativa - Da internet |
Oferecer educação em tempo
integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, é uma das metas do Plano
Nacional de Educação (PNE). O intuito é que pelo menos 25% dos alunos da
educação básica sejam atendidos. Composto por 20 metas, o PNE foi sancionado em
2014 e estabeleceu diretrizes e estratégias para a educação brasileira em um
período de dez anos.
O Ministério da Educação
(MEC) anunciou a meta de atingir 500 mil novas matrículas em tempo integral até
2022 – hoje são 230 mil – por meio do Compromisso Nacional pela Educação Básica,
apresentado em julho. A meta é revitalizar o programa Novo Mais Educação,
diminuir a evasão e melhorar os indicadores educacionais.
A proposta do programa é
ampliar a carga horária do ensino médio de 4 para, no mínimo, 7 horas diárias.
O MEC já disponibilizou R$ 338 milhões para as instituições de ensino em 2019.
Segundo o secretário de Educação Básica do MEC, Janio Macedo, a pasta mantém
diálogo constante com o Conselho dos Secretários Estaduais de Educação (Consed)
e com a União Nacional dos Dirigentes de Municipais de Educação (Undime) para
formular políticas públicas que beneficiem a educação em estados e municípios.
O Todos Pela Educação,
movimento da sociedade civil que busca impulsionar a qualidade e a equidade na
educação básica, afirma que já entregou um documento ao governo defendendo a
manutenção e o crescimento do apoio do Executivo Federal aos estados para a
ampliação do ensino médio em tempo integral. Segundo a presidente-executiva do
Todos pela Educação, Priscila Cruz, a entidade também fez uma apresentação para
o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e para o secretário de Educação
Básica do MEC, Janio Macedo.
“Essa é uma pauta que a
gente sempre defendeu, o nosso receio, e estamos monitorando a execução dessa
política, é se o MEC vai ter os recursos, isso não está claro ainda. Nossa
atenção agora é se realmente esse anúncio vai ter fôlego financeiro e de
execução do ponto de vista de equipe, no MEC, capaz de conduzir essas
políticas. Ficaremos de olho se realmente o governo federal vai conseguir
executar. Como plano, como direcionamento está corretíssimo, tem mais é que
apoiar os estados nessa ampliação da matrícula em tempo integral no ensino
médio”, destacou
Na opinião da diretora
executiva do Instituto Península, organização social que atua nas áreas de
educação e esporte para aprimorar a formação de professores, Heloisa Morel, é
preciso olhar também para os docentes. “Ainda que os programas sejam
bem-sucedidos em ampliar o tempo dos alunos da escola e assumam a educação integral
como proposta formativa, é preciso que os educadores estejam preparados. A
formação integral de professores é um habilitador para as transformações que
desejamos ver nas escolas”.
De acordo com Heloísa, o
instituto trabalha com diferentes iniciativas para ajudar na capacitação
docente. “A plataforma Vivescer, por exemplo, é um ambiente online onde os
professores podem desenvolver as múltiplas dimensões que envolvem o trabalho
integral em educação”, citou.
“Medidas como essa, que
podem ser acessadas em qualquer lugar do país, pois são iniciativas online, são
muito válidas para preparar nossos professores para que eles consigam
proporcionar uma educação integral de qualidade aos alunos de todo o Brasil”,
incentivou.
Por Ludmilla Souza –
Repórter da Agência Brasil
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