Evo Morales renuncia à presidência da Bolívia.
Anúncio foi feito, em rede
nacional, pela televisão. Vice-presidente, Álvaro García Linera, também deixa o
cargo.
Evo Morales renunciou neste
domingo (10) ao cargo de presidente da Bolívia, após uma escalada nas tensões
no país. O anúncio foi feito em rede nacional, pela televisão.
O vice-presidente, Álvaro
García Linera, também apresentou a renúncia.
Morales havia dito, mais
cedo neste domingo, que convocaria novas eleições, após a Organização dos
Estados Americanos, OEA, divulgar que as eleições de 20 de outubro haviam sido
fraudadas.
Pouco antes da renúncia, os
chefes das Forças Armadas e da Polícia, além da oposição, haviam pedido que Evo
Morales deixasse o cargo para "pacificar" o país.
Nas últimas horas, ao menos
três ministros também entregaram seus cargos.
Eleições tumultuadas
A crise na Bolívia tomou
maiores proporções após as eleições de 20 de outubro, quando Evo foi reeleito
em primeiro turno.
Na época, o órgão
responsável por computar os votos apontou o seguinte resultado final:
Evo Morales: 47,07% dos
votos
Carlos Mesa: 36,51%
Como a diferença entre
Morales e Mesa foi de mais de 10 pontos percentuais, o atual presidente foi
reeleito para seu quarto mandato.
O resultado foi contestado
pela oposição e, no dia 30 de outubro, a Bolívia e a OEA concordaram em
realizar uma auditoria.
Antes desses números serem
publicados houve uma indefinição: inicialmente, havia um método mais rápido e
preliminar de apuração, e um outro, definitivo e mais lento, onde se conta voto
a voto. Os números dessas duas contagens começaram a divergir, e a apuração
mais rápida, que indicava que haveria um segundo turno, foi suspensa.
Desde que Evo ganhou, a
oposição tem ido às ruas em protestos. A polícia parou de reprimir as
manifestações, e houve motins em quartéis do país.
Na sexta (8) e no sábado (9)
policiais bolivianos se amotinaram. O governo respondeu com um comunicado no
qual denunciava um plano de golpe de estado.
Esta reportagem está em
atualização.
Por G1
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