Petrobras reajusta preço do gás de cozinha em 5% a partir desta sexta. Aumento também vale para gás industrial e comercial.
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RIO — A Petrobras vai
aumentar, em média, 5% os preços de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP)
em suas refinarias e bases a partir desta sexta-feira.
O reajuste é válido para
todos os tipos de GLP, desde o residencial, conhecido como o gás de cozinha nos
botijões de 13 quilos, até o industrial e comercial, vendido em vasilhames de
20 kg, 45 kg e acima de 90 kg, incluindo a granel.
Os preços do GLP, como dos
demais derivados são livres. Mas, segundo um técnico do setor, considerando que
a matéria-prima representa cerca de 54% do preço final do produto, o impacto
final aos consumidores pode variar entre 2% a 3%, desde que seja feito apenas o
repasse do aumento dos preços nas refinarias da Petrobras.
De acordo com cálculo de um
especialista do mercado, o GLP residencial vendido em botijões de 13kg teve, de
janeiro até agora, um reajuste médio de 10% nas refinarias da Petrobras.
Já o GLP vendido para indústria
e comércio, que até novembro tinha preços diferenciados do gás de botijão,
registrou uma redução média da ordem de 10% no ano nas refinarias.
Repasse eventual
Mas nem todos os aumentos de
preços nas refinarias foram repassados para os consumidores. De acordo com
dados da pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em janeiro o
preço do Botijão de 13kg era vendido a
R$ 69,15, em média, no país, e em outubro a R$ 68,77 — ou seja, houve
uma queda de 0,5% no mesmo período em que subiu cerca de 5% na refinaria.
O presidente do Sindigás,
que reúne as distribuidoras de GLP do país, Sérgio Bandeira de Mello, informou
que houve uma redução de 1% no consumo de GLP na comparação entre novembro de
2018 e o mês passado, sendo que somente o consumo do GLP residencial teve uma
queda de 1,4%.
Segundo o executivo, a
retração da economia está levando à redução da demanda do GLP residencial. O consumo
atual é da ordem de 610 mil toneladas por mês.
— A retração da economia
está fazendo com que as pessoas consumam menos GLP, achatando as margens das
distribuidoras — diz Bandeira de Mello. — E, por conta da menor demanda, todos
ficam com dificuldade de repassar para os preços finais os preços das
refinarias. Se esse novo reajuste for confirmado, vai ter maior pressão na demanda.
Os preços do GLP industrial
e comercial eram diferenciados até novembro, quando passaram a ser unificados.
De acordo com um técnico, os, preços do GLP industrial e
comercial tiveram redução ao longo do ano para se equipararem aos preços do GLP
residencial.
Ramona Ordoñez/O Globo
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