Projeto da UFCG promove a saúde física e mental de policiais militares no Curimataú.
Um projeto de extensão
universitária desenvolvido no Centro de Educação e Saúde (CES) da Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG), campus Cuité, vem contribuindo para a
promoção da saúde dos policiais que integram o 9° Batalhão de Polícia Militar
da Paraíba, na região do Curimataú. O Saúde Liberta tem como meta prevenir as
doenças mais prevalentes dos profissionais que atuam na segurança pública de
cidades como Cuité, Picuí, Barra de Santa Rosa, Nova Floresta, entre outras.
São cerca de 100 policiais militares atendidos
pelo projeto. Todos participam de ações oferecidas por estudantes do curso de
Enfermagem do campus Cuité, a exemplo de aferição de pressão arterial,
glicemia, peso, Índice de Massa Corporal (IMC), práticas integrativas, além de
ações educativas através de oficinas, palestras, rodas de conversa e filmes.
Segundo a coordenadora do projeto, professora Gigliola Bernardo, a ideia de
levar essas atividades aos policiais do 9º BPM vem obtendo excelentes
resultados, proporcionando um melhor autocuidado por parte dos profissionais e
melhora no desempenho de suas funções.
“Os policiais, geralmente,
fazem parte de uma população invisível para atenção e cuidado à saúde, visto
que há uma construção social de que eles são inatingíveis para o adoecimento.
Porém, ao contrário disso, estão diariamente mais vulneráveis ao adoecimento
físico e mental. Eu que venho de origem militar (pai, avô, tios, primos), assim
como também fui enfermeira no Hospital de Guarnição de João Pessoa, sinto-me
realizada em fazer algo por essa população tão especial que tanto nos protege e
que poucas vezes são visualizadas e reconhecidas”, revela Gigliola.
O Coronel Afonso Galvão,
comandante do 9º BPM, afirma que o desenvolvimento do Saúde Liberta junto ao
seu efetivo é de grande valia, pois além de trazer conhecimentos diversos na
área de saúde, despertou no policial a vontade e interesse de melhor cuidar da
si, ajudando a melhorar a sua maneira de trabalhar. “A chegada deste projeto
para os nossos policiais, também tem refletindo, inclusive, em uma melhor
prestação de serviços para a população do Curimataú. Só tenho a parabenizar
toda equipe da UFCG por este projeto”, acrescentou.
Para o Major Herbet Bastos,
os benefícios trazidos pelo projeto são sentidos na prática e no dia a dia dos
policiais militares da região, especialmente em relação à saúde mental. "O
projeto da universidade, em parceria com o 9º BPM, nos trouxe a ampliação de
conhecimentos nesta área, que consideramos primordial para as atividades de
todo ser humano. Da conclusão, temos a certeza que somos frágeis, iguais a
todos e, por isso, devemos cuidar da nossa saúde mental para que possamos estar
bem para prestar um excelente serviço à sociedade”, destacou.
A estudante Isadora
Carvalho, do 6º período de Enfermagem, revela que participar do Saúde Liberta
proporcionou-lhe a oportunidade de vivência com o público de policiais
militares, que sempre demonstraram receptividade para as ações realizadas.
“Durante o projeto, foi possível notar a relevância da atuação do enfermeiro no
tocante a promoção da saúde, pois os resultados na percepção de saúde dos
participantes são nítidos e me motivam, pois percebi a capacidade do enfermeiro
como agente transformador”, declarou.
Já a estudante Luzianne
Cavalcanti, do 7º período de Enfermagem, afirma que o principal aprendizado do
projeto foi a oportunidade de trabalhar com um público que possui muito
estigma, grande vulnerabilidade e que, muitas vezes, não é alcançado pelos
serviços de saúde.
“O policial é visto como uma
figura forte, que não adoece, dificultando a procura aos serviços de saúde, por
isso a importância de levar a assistência até eles. Além disso, exercem uma
função de constante exposição a situações de risco, o que pode acarretar danos
físicos e psíquicos. Assim, levo do projeto esse olhar diferenciado, de acolher
os que não estão sempre incluídos nos serviços de saúde e de ter um olhar mais
atento à integralidade do indivíduo, explica Luzianne”.
Por Ascom CES/UFCG
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