Covid-19: Brasil tem 46 mortes e mais de 2 mil casos confirmados. São Paulo registra maior número de óbitos, 40 no total.
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O total de casos confirmados
saiu de 1.891 ontem para 2.201 hoje, um acréscimo proporcional de 16% e de 310
em números absolutos. O resultado de hoje marcou um aumento de 42% nos casos em
relação a domingo, quando foram registradas 1.546 pessoas infectadas.
As mortes continuam
restritas a São Paulo, com 40 óbitos, e Rio de Janeiro, com 6 falecimentos. A
taxa de letalidade saiu de 1,8% ontem (23) para 2,1% hoje.
Como local de maior
circulação do novo coronavírus no país, São Paulo também lidera o número de
pessoas infectadas, com 810 casos confirmados. Em seguida vêm Rio de Janeiro
(305), Ceará (182), Distrito Federal (160), Minas Gerais (130) e Santa Catarina
(107).
Também registram casos
confirmados Rio Grande do Sul (98), Bahia (76), Paraná (65), Amazonas (47),
Pernambuco (42), Espírito Santo (33), Goiás (27), Mato Grosso do Sul (23), Acre
(17), Sergipe (15), Rio Grande do Norte (13), Alagoas (nove), Maranhão (oito),
Tocantins (sete), Mato Grosso (sete), Piauí (seis), Pará (cinco), Rondônia
(três), Paraíba (três), Roraima (dois) e Amapá (um).
Ministério da Saúde divulgou
balanço do coronavírus no país nesta terça-feira.
Veja na íntegra:
Testes
Os representantes do governo
afirmaram que a intenção é chegar a 22, 9 milhões de testes. A estratégia de
ampliação dos exames é a principal recomendação da Organização Mundial de Saúde
(OMS). Ao total, o intuito é chegar a 14,9 milhões de testes de laboratório nos
próximos três meses sendo: 3 milhões da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 600
mil doados pela Petrobrás, 1,3 milhões ofertados por empresas privadas e outros
10 milhões que serão comprados. Essa modalidade será focada para pessoas
infectadas internadas ou casos leves em unidades sentinela para monitorar a
epidemia de coronavírus.
Já para os testes rápidos a
promessa é viabilizar mais 8 milhões, sendo 3 milhões pela Fiocruz e 5 milhões
doados pela Vale. Esse tipo de exame, explicaram os representantes do
Ministério da Saúde, é para identificar a evolução da doença, e não para
diagnóstico. Ele possui uma efetividade menor do que a alternativa de
laboratório, uma vez que verifica a reação dos anticorpos ao vírus. Esse tipo
terá a finalidade principalmente de monitorar os profissionais de
segurança.
A estratégia é priorizar as
cidades com mais de 500 mil habitantes. Um novo protocolo para casos mais leves
está sendo discutido pelo governo. Até o momento, foram distribuídos 32,5 mil
kits. Na avaliação da pasta, para o momento de maior disseminação do novo
coronavírus, que deve ocorrer no fim de abril, o Brasil terá de aumentar sua
produção em quase cinco vezes.
“Hoje produzimos 6,7 mil
testes por dia. Para enfrentar o pico da epidemia, temos que ter capacidade de
produção de 30 a 50 mil por dia. Nós não temos essa escala ainda, e não temos
isso agora. Vamos chegar nas próximas semanas [e tentar] aproximar o máximo
possível desses valores”, afirmou o
secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson de Oliveira.
Os representantes do
ministério também falaram sobre a insuficiência de máscaras no país. Eles
defenderam que o governo não terá condição de assegurar esse recurso para
todos, e que deve haver uma priorização para os profissionais de saúde. Já quem
apresenta sintomas e quer evitar o risco de infectar outros, alternativas podem
ser adotadas, como máscaras de pano ou de outros materiais, que funcionam como
barreiras físicas. Já os trabalhadores da saúde só podem utilizar equipamentos
autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Isolamento e distanciamento
O Ministério da Saúde também
comentou as estratégias de isolamento e distanciamento social, promovida pela
maioria dos governos estaduais. O isolamento é recomendado a quem apresentou
sintomas e a moradores da mesma residência do paciente sintomático, bem como a
idosos acima de 60 anos, pelo prazo de 14 dias. Uma vez terminado esse período,
não haveria mais necessidade da medida, a não ser em casos de uma condição
médica específica.
“Não faz sentido pedir que
pessoa ao final de 14 dias tenha que ir à unidade de saúde. Não tem que fazer
novo teste, uma nova consulta. A não ser que tenha condição de saúde que
necessite de consulta clínica. Concluiu os 14 dias, vida que segue, vida
normal”, declarou secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira.
Já no caso das medidas
adotadas por governadores de distanciamento social e determinação para que
trabalhadores sejam dispensados do serviço e fiquem em casa, em geral com prazo
até o início de abril, o secretário afirmou que “o difícil não é fechar, é
abrir", se referindo a dúvida de quando será o momento certo para que
brasileiros retomem a rotina, e quando escolas e comércio poderão voltar a
funcionar normalmente.
“Esse é o grande problema. O
que vamos fazer a partir do 15º dia? Estados e municípios têm suas prerrogativas.
A gente continua dando recomendações, mas estados e municípios têm liberdade
para tomar medidas. Vamos continuar com as mesmas recomendações. Sintomáticos e
família, isolamento domiciliar. Idoso, isolamento domiciliar. Com os testes
rápidos, vamos ter outro elenco de pessoas. Serão recomendados a fazer
isolamento domiciliar, quem testar positivo”, destacou o secretário executivo
do Ministério da Saúde, João Gabbardo Reis.
*Texto alterado às 20h para
acréscimo de informações.
Agência Brasil
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