Ministério da Saúde vai distribuir quatro milhões de máscaras de proteção para profissionais da área por conta do coronavírus.
Segundo o secretário-geral,
João Gabbardo, serão investidos R$ 72,9 milhões e estados e municípios devem
receber equipamentos a partir desta semana.
Como o novo coronavírus é de
propagação respiratória e tem grau de contaminação elevado, os equipamentos de
proteção individual, conhecidos como EPIs, se tornaram protagonistas na luta
contra o vírus. Esses itens, como máscaras e luvas, são utilizados, principalmente,
por profissionais da saúde. Para aumentar a proteção desses profissionais, o
Ministério da Saúde vai investir R$ 72,9 milhões na aquisição de máscaras de
proteção para o rosto. A assinatura foi feita na última quinta-feira (5) e os
materiais começam a ser distribuídos na próxima semana nos estados e
municípios.
“São 500 mil máscaras do
modelo N95, das 4 milhões que serão adquiridas. Vai demorar alguns dias para
chegarem, entre 10 a 15 dias, com a assinatura dos contratos esses itens devem
ser entregues em até 15 dias do material”, informou o secretário-geral do
Ministério da Saúde, João Gabbardo.
Uma norma da Anvisa
estabelece a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos
trabalhadores dos serviços de saúde, assim como aqueles que exercem atividades
de promoção e assistência à saúde em geral. As máscaras devem ser usadas pelos
profissionais de saúde que trabalhem em qualquer edificação destinada à
prestação de serviço para a população.
A máscara cirúrgica procura
proteger a região da boca e do nariz de cada médico. Já a máscara N95 é o
equipamento de proteção individual mais designado para trabalhadores expostos a
lugares contaminados por aerossóis, como ocorre no caso do coronavírus. A
capacidade de filtração e resistência da máscara chega a ser de 95% de
eficiência de partículas maiores que 0,3 micrómetro.
Na avaliação do
infectologista do Instituto Emílio Ribas, Francisco Ivanildo, traçar
estratégias para proteger o profissional da saúde durante períodos como esse “é
de suma importância”. “Existe um alto risco de transmissão do coronavírus
dentro dos ambientes de internação hospitalar. Nas epidemias anteriores, os
profissionais da área da saúde foram um dos grupos mais atingidos, com casos
documentados dentro dos hospitais”, lembra.
Na China, epicentro do
coronavírus, mais de 1.700 agentes de saúde foram infectados até fevereiro, por
conta da transmissão dos pacientes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) também
solicitou o aumento de 40% na produção de máscaras e outros equipamentos para
proteção dos profissionais de saúde. O órgão prevê que 89 milhões de máscaras
sejam necessárias em todo o mundo para médicos, enfermeiros e demais
profissionais que trabalham na área.
Por Agência do Rádio
Nenhum comentário