Petrobras reduz preço da gasolina nas refinarias em 15% a partir desta quarta-feira.
Com o novo corte, a queda
acumulada de gasolina da estatal soma cerca de 40% em 2020. Preço do diesel não
será alterado.
A Petrobras reduzirá em 15%
o preço médio da gasolina em suas refinarias a partir desta quarta-feira (25) e
manterá o valor do diesel, informou a companhia nesta terça (24).
Veja as últimas notícias dos
mercados
A redução ocorre em meio a
um tombo dos preços de petróleo e derivados por impactos da expansão do
coronavírus e de uma guerra de preços entre grandes produtores globais da
commodity.
Com o novo corte, a queda
acumulada de gasolina da Petrobras -- responsável por quase 100% da capacidade
de refino do Brasil -- somará cerca de 40% em 2020, de acordo com informações
da petroleira e cálculos da Reuters.
Na semana passada, a estatal
havia já reduzido o valor da gasolina em 12%.
O preço do diesel, por sua
vez, acumula recuo de aproximadamente 30% neste ano até o momento.
Brente já caiu cerca de 60%
este ano
Os preços do petróleo Brent
já caíram cerca de 60% neste ano, sendo negociados nesta terça-feira a cerca de
US$ 27 o barril nesta terça, com uma queda da demanda diante da pandemia de
coronavírus e o aumento da oferta depois que a Rússia e a Arábia Saudita não
chegaram a um acordo para reduzir a produção.
O chefe da área de óleo e
gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva, afirmou à Reuters que a queda da
gasolina no mercado internacional foi ainda mais brusca que a repassada pela
Petrobras aos clientes, em um movimento que parece ser de cautela, uma vez que
a companhia não tem como prever como o mercado se comportará nos próximos dias.
"Tem ainda uma quantia
boa represada de reajuste que dá para fazer, eu acho que a Petrobras vem
adotando uma estratégia de suavizar o movimento, porque ela não sabe se o preço
'rebota' daqui a dois dias, o mercado está muito volátil."
"Também acho que se
baixar inteiro, ela começa a trazer problemas sérios para a cadeia. Quem está
estocado com o produto, vai ter problemas sérios se reduzir tão bruscamente os
preços, o prejuízo pode ser muito grande."
A petroleira estatal tem
reforçado sua política de preços, que segue o princípio da paridade de
importação, que leva em conta preços no mercado internacional mais os custos de
importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio.
O repasse de ajustes dos
combustíveis nas refinarias para o consumidor final nos postos não é imediato e
depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de
distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.
Por G1
Nenhum comentário