Ao contrário de outros países, governos de Brasil e México perdem popularidade na crise do coronavírus.
Foto: Reprodução/Internet |
Levatamento comparou
avaliações da atuação de líderes de oito países: Brasil, México, Estados
Unidos, Itália, Chile, Portugal, Reino Unido e França.
Levantamento feito pelo site
“The Brazilian Report” registra que os governos do Brasil e do México perderam
popularidade com a crise provocada pelo novo coronavírus, diferentemente do que
ocorreu em outros seis países com altos números de infectados e mortos pela
Covid-19.
Os dados foram divulgados
pelo site em uma rede social e incluem pesquisas de popularidade dos governos
de oito países, dos quais somente Jair Bolsonaro (Brasil) e Andrés Lópes
Obrador (México) registraram alta das avaliações negativas e queda das
positivas.
Os governos de Chile,
Estados Unidos, Portugal, França, Reino Unido e Itália registraram melhora nas
avaliações, conforme o levantamento.
As posições de Jair
Bolsonaro no enfrentamento à pandemia geraram polêmicas e atritos dentro do
governo federal e com governadores de vários estados, com destaque para Rio de
Janeiro e São Paulo.
Bolsonaro é crítico do
isolamento social, adotado para tentar reduzir a velocidade do contágio do novo
coronavírus, e tem discordado das orientações do seu ministro da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta, e da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para o presidente, só devem
ficar em isolamento idosos e pessoas com doenças crônicas, que estão no grupo
de risco da Covid-19. Ele entende ser preciso flexibilizar as restrições ao
comércio, pois a perda de postos de trabalho e a consequente crise econômica
poderão ser tão graves quanto o novo coronavírus.
Ele tomou sua posição mais
forte até o momento contra a pandemia. Antes, Obrador havia dado declarações
que minimizavam o risco da doença.
No Brasil, neste sábado (4)
as secretarias estaduais de saúde contabilizam 9.216 infectados em todos os
estados e 365 mortos. Apenas três estados ainda não registraram mortes: Acre,
Amapá e Tocantins.
Datafolha
No caso do Brasil, os dados
levantados pelo “The Brazilian Report” seguem a tendência indicada por pesquisa
Datafolha publicada na sexta-feira (3) pelo jornal “Folha de S.Paulo”, que
mediu a avaliação do desempenho do presidente Jair Bolsonaro, de governadores e
do Ministério da Saúde na condução da crise do coronavírus.
Realizada por telefone com
1511 pessoas entre quarta-feira (1º) e sexta-feira (3) em todas as regiões do
país, a pesquisa Darafolha mostrou a seguinte avaliação de Bolsonaro:
Ótimo/bom: 33%
Regular: 25%
Ruim/péssimo: 39%
Não sabe/não respondeu: 2%
No levantamento anterior,
divulgado no dia 23 de março, a aprovação do presidente era de 35% e a
reprovação era de 33%.
A mesma pesquisa Datafolha
mediu a avaliação do Ministério da Saúde, cujo chefe, Luiz Henrique Mandetta,
têm discordado publicamente das posições de Bolsonaro sobre medidas de
restrição de mobilidade.
O Datafolha indicou alta na
aprovação da pasta, com 76% de avaliação ótima ou boa e reprovação de 5%. No
levantamento anterior, a aprovação do Ministério da Saúde era de 55% e a
reprovação era de 12%.
Por G1
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