ATENÇÃO: Saiba como se proteger contra o coronavírus com máscaras caseiras.
Máscaras produzidas por Zefinha de Damiana da verdura |
Orientações oficiais servem
de guia para confecção de proteção caseira
Em meio à pandemia de
covid-19, o Ministério da Saúde está mobilizando a população a fabricar as
próprias máscaras de pano, utilizando tecidos que podem assegurar uma boa
efetividade, se forem bem desenhadas e higienizadas corretamente. Sobre as
máscaras cirúrgicas e filtrantes, como a N95, o governo mantém a recomendação
de que sejam destinadas, prioritariamente, a profissionais de saúde e pessoas
com sintomas.
De acordo com a nota do
ministério, pesquisas têm apontado que a utilização de máscaras caseiras impede
a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no
ambiente, funcionando como uma barreira física que vem auxiliando na mudança de
comportamento da população e diminuição de casos de covid-19.
A máscara, entretanto, é uma
proteção adicional. Para interromper o ciclo de disseminação do vírus, é
importante seguir as regras de distanciamento social, etiqueta respiratória e a
higienização das mãos. “Essas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde,
quando adotadas em conjunto, potencializam os efeitos da proteção contra o novo
coronavírus no país e por isso são tão importantes de serem adotadas por toda a
população”, diz o ministério.
Para garantir a efetividade,
devem ser usados tecidos com boa capacidade de filtragem de partículas. O
ministério recomenda: tecido de saco de aspirador; cotton (composto de
poliéster 55% e algodão 45%; tecido 100% algodão (como tricoline); e fronhas de
tecido antimicrobiano. Mas podem ser utilizados materiais encontrados no dia a
dia, como camisetas ou outras roupas em bom estado de conservação, até tecido
não tecido (TNT).
O importante é que a máscara
seja feita com camadas duplas, nas medidas corretas, cobrindo totalmente a boca
e nariz (cerca de 21 centímetros de altura e 34 cm largura) e que esteja bem
ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais. Se for de TNT, a máscara
deve ser descartada a cada uso.
Como usar
O uso da máscara caseira é
individual, não devendo ser compartilhada entre familiares e amigos. A máscara
deve ser usada por cerca de duas horas. Depois desse tempo, é preciso trocar.
Então, o ideal é que cada pessoa tenha pelo menos duas máscaras de pano.
Use a máscara sempre que
precisar sair de casa. Coloque a máscara com cuidado para cobrir a boca e nariz
e amarre com segurança acima das orelhas e abaixo da nuca, para minimizar os
espaços entre o rosto e a máscara.
Enquanto estiver utilizando
a máscara, evite tocá-la, não fique ajustando a máscara na rua. Saia sempre com
pelo menos uma reserva e leve uma sacola para guardar a máscara suja, quando
precisar trocar. Troque a máscara a cada duas horas ou sempre que apresentar
sujeira ou umidade.
Em casa, remova a máscara
pegando pelo laço ou nó da parte traseira, evitando de tocar na parte da
frente. Lave as máscaras usadas em diluição de água e água sanitária. A
proporção de diluição a ser utilizada é de 1 parte de água sanitária para 50
partes de água. Por exemplo: 10 ml de água sanitária para 500ml de água
potável. Deixe de molho por cerca de 30 minutos e depois lave com água e sabão.
Ações
A rápida disseminação do
novo coronavírus levou à escassez de equipamentos de proteção individual
(EPIs), como máscaras cirúrgicas, em diversos países. O Ministério da Saúde
informou que está realizando compras de fornecedores nacionais e internacionais,
em grandes quantidades, para garantir a proteção dos profissionais de saúde que
trabalham na assistência às pessoas doentes.
No Rio de Janeiro, o ateliê
de costura da Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, está produzindo máscaras
para proteção contra o novo coronavírus. A meta é confeccionar 30 mil máscaras,
que, em princípio, serão destinadas aos agentes da área de segurança, mas a
produção pode ser ampliada para atender a outros setores, como o da saúde.
No Distrito Federal, os
detentos em ressocialização também produzirão máscaras descartáveis dentro da
oficina de costura, no projeto da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso
(Funap) em parceria com empresas do Sistema S. A ideia é que a própria
Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) compre, de forma direta, parte da
produção semanal para abastecer unidades socioeducativas e terapêuticas. A
previsão é que cada máscara seja vendida a R$ 0,45.
Agência Brasil
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