Empresário é morto a tiros quando chegava em fazenda no interior do RN.
Netinho de Nilton foi morto a tiros em Campo Grande - Foto: Arquivo Pessoal |
Netinho de Nilton, como era
conhecido, estava em uma moto quando foi abordado por bandidos. Ele era
pré-candidato à prefeitura do município de Janduís.
O empresário Raimundo
Gonçalves de Lima Neto, de 35 anos, foi morto a tiros quando chegava em sua
fazenda no município de Campo Grande, no interior do Rio Grande do Norte, na
manhã deste sábado (11).
De acordo com a 3ª Companhia
da Polícia Militar, que atua na cidade, Netinho de Nilton, como era mais
conhecido, estava em uma moto quando foi abordado por bandidos por volta das
9h30. Ele foi obrigado a sair da moto, levado até um matagal próximo, e
executado em seguida. Segundo a PM, vizinhos e parentes - que estavam na
fazenda - ouviram quatro disparos e uma moto em fuga na sequência. Nada do
empresário foi roubado.
Netinho de Nilton era
pré-candidato à prefeitura de Janduís, cidade vizinha a Campo Grande e onde ele
nasceu e viveu durante toda a vida, pelo PSOL. "Ele era uma pessoa muito,
muito querida na cidade. Ele se filiou no ano passado ao partido e tinha o
sonho de contribuir com o lugar onde nasceu", disse Sandro Pimentel,
deputado estadual e um dos líderes do PSOL no estado.
O empresário tinha comprado
a fazenda em Campo Grande, lugar para onde ele ia quando foi morto, há menos de
um mês, de acordo com o deputado.
Segundo Sandro, essa era a
primeira vez que Netinho se lançava como político. E ele chegou a demonstrar um
medo com a situação. "Nós almoçamos com ele no mês passado e ele estava
muito empolgado, mas falou que o único medo que ele tinha era que em todo ano
de eleição alguém era executado. Ele tinha esse receio", disse.
De acordo com o deputado,
havia uma grande expectativa para a campanha dele. "Nós não tínhamos
dúvidas de que ele seria eleito, porque ele era diferente. E ele era muito
querido", falou. "Não podemos deixar isso impune. Sabemos que todo
crime é importante, mas quando se trata de um que pode ter sido por motivação
política, isso dói muito".
O presidente nacional do
PSOL, Juliano Medeiros, também se manifestou em uma rede social. Ele disse que
conversou com a governadora do RN, Fátima Bezerra, e que ela "assegurou
que o governo do RN não poupará esforços para descobrir quem são os assassinos
do nosso companheiro Netinho. A democracia não pode conviver com a violência
política. Basta de coronelismo no RN e em todo o Brasil".
O caso será investigado pela
Delegacia Regional da Polícia Civil em Patu.
Por Leonardo Erys, G1 RN
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