Prepare o bolso: governo autoriza aumento nos preços dos remédios.
Reprodução/Internet |
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –
O presidente Jair Bolsonaro autorizou o reajuste nos preços dos medicamentos em
até 5,2%.
O aval foi publicado em
edição extra do “Diário Oficial da União” desta segunda (1°).
Em 31 de março, em sua conta
no Facebook, o presidente anunciou que o reajuste seria adiado por dois meses,
em razão da pandemia do novo coronavírus, após acordo com a indústria
farmacêutica.
A Medida Provisória 933
formalizou a suspensão, mas ainda aguarda votação no Congresso.
Redes como a Raia Drogasil
anunciaram a suspensão dos aumentos em abril. De acordo com a empresa, a
decisão faz parte de campanha de proteção dos consumidores contra o
coronavírus.
Em março, o Sindusfarma
divulgou estimativa de que o preço dos medicamentos deveria ter reajuste médio
de 4,08%.
O valor antecipado pela
indústria é apurado com base em critérios de reajuste estabelecidos pela Cmed
(Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), que também levam em conta a
inflação oficial.
A média de 4,08% do teto do
reajuste é calculada a partir dos três índices máximos de aumento aplicados aos
produtos conforme a quantidade de concorrentes na fabricação.
Medicamentos fabricados por
diversos laboratórios, como são os genéricos, podem ter reajuste de até 5,21%.
O reajuste é liberado
tradicionalmente no fim de março pela Câmara de Regulação do Mercado de
Medicamentos (CMED), órgão composto pela Anvisa e pelos ministérios da Saúde,
da Casa Civil.
Consumidor deve pesquisar
O reajuste anual poderá ser
aplicado em cerca de 13 mil apresentações de medicamentos disponíveis no
mercado.
Remédios com o mesmo
princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no
país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda.
“É importante o consumidor
pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos
prescritos”, recomenda o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.
“Dependendo da reposição de
estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço
podem demorar meses ou nem acontecer”.
*ANA PAULA BRANCO
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