COVID-19: Infectologista explica que uso obrigatório de máscaras será por tempo indeterminado.
Há cinco meses os paraibanos
vivem uma nova realidade diante da pandemia do novo coronavírus. Ao longo desse
período, algumas medidas precisaram ser adotadas, a exemplo do uso de máscaras.
Mas, ao que parece a população ainda não está muito familiarizada o EPI
(Equipamento de Proteção Individual). Quem circula pelas ruas da capital
paraibana ou de outros municípios, consegue perceber que o número de pessoas
sem uso da máscara ainda é considerável.
A medida que se tornou
obrigatória, não só na Paraíba, mas em todo território brasileiro e que
minimiza a possibilidade de contrair, bem como de transmitir o coronavírus,
ainda não tem data para deixar de ser adotada, é o que afirma o infectologista
do Hospital do Hapvida em João Pessoa, Fernando Chagas. O especialista acredita
que as máscaras vieram para ficar por um bom tempo e, provavelmente, o uso será
por um período que corresponde à boa parte da população estar imunizado por ter
contraído a doença ou por terem recebido a dose da vacina.
Ele lembra que usar máscara
é ainda uma das medidas mais eficazes para não contrair o vírus e também para
não passá-lo adiante, principalmente nos casos assintomáticos. “Para quem não
usa a máscara, no mínimo, está dobrando as possibilidades de contrair. Já para
os que não apresentam sintomas e não utilizam a máscara a possibilidade de
transmitir para outra pessoa é de quase 100%”, alerta.
Até a imunização – Fernando
Chagas destaca que só após parte das pessoas estarem imunizadas é que não
haverá mais a necessidade das máscaras. “Com a vinda da vacina as pessoas serão
imunizadas e uma vez criado imunidade, pelo menos uma parcela significativa
delas, não necessitará mais o uso das máscaras”, reflete o médico que diz
acreditar que a utilização das máscaras será algo que tende a ficar na cultura
da população.
“Em uma situação na qual
isso se repita é possível utilizar as medidas de controle, higiene e
distanciamento muito mais facilmente do que nesse primeiro momento. Espero que
a gente nunca mais precise passar por isso, mas se passar por algo, pelo menos
parecido, a população vai se lembrar do ocorrido agora e lançar mão dessas
medidas”, explica.
Lições – O infectologista
afirma que apesar da dificuldade que muitas pessoas têm para usar as máscaras,
acredita que as medidas de higiene vão ficar. “Quando as pessoas estiverem
resfriadas, com gripe, vão lembrar de usar máscara, lavar as mãos e isso pode
refletir na diminuição de outras doenças respiratórias. De repente os surtos
que nós temos em determinados períodos do ano podem diminuir bastante se a
população lembrar do que estamos passando agora e passar a adotar essas medidas
para qualquer quadro gripal”, destaca.
Ele ressalta ainda que é
importante reforçar a necessidade do uso da máscara porque a pandemia não
acabou. “Uma quantidade expressiva da população ainda não adquiriu o vírus.
Então estamos falando de uma quantidade muito grande de pessoas vulneráveis que
podem adquirir se agora relaxarem, se todos relaxarem muita gente estará
exposta ao vírus e é possível aí ter um pico novo de casos. Portanto, tem que
se manter o uso da máscara até que maior parte da população realmente esteja
imunizada”, sentencia.
Assessoria de Imprensa
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