ELEIÇÕES 2020: pela primeira vez, vereadores não poderão concorrer por coligações.
Candidatos ao cargo somente
poderão participar em chapa única dentro do partido. Alteração na legislação
foi instituída pela reforma eleitoral de 2017.
Nas Eleições Municipais de
2020, pela primeira vez, candidatos ao cargo de vereador não poderão concorrer
por meio de coligações. O fim das coligações na eleição proporcional foi
aprovado pelo Congresso Nacional por meio da reforma eleitoral de 2017. Com
isso, o candidato a uma cadeira na câmara municipal somente poderá participar
do pleito em chapa única dentro do partido ao qual é filiado.
Na eleição proporcional, é o
partido que recebe as vagas, e não o candidato. No caso, o eleitor escolhe um
dos concorrentes apresentado por um partido. Estarão eleitos os que tenham
obtido votos em número igual ou superior a 10% do Quociente Eleitoral (QE),
tantos quantos o respectivo Quociente Partidário (QP) indicar, na ordem da
votação nominal que cada um tenha recebido
O QE é determinado pela
divisão da quantidade de votos válidos apurados pelo número de vagas a
preencher, desprezando-se a fração, se igual ou inferior a 0,5, ou
arredondando-se para 1, se superior. A partir daí, analisa-se o QP, que é o
resultado do número de votos válidos obtidos pelo partido dividido pelo QE. O
saldo da conta corresponde ao número de cadeiras a serem ocupadas.
As vagas não preenchidas com
a aplicação do QP e a exigência de votação nominal mínima serão distribuídas
entre todos os partidos que participam do pleito, independentemente de terem ou
não atingido o QE, mediante observância do cálculo de médias.
A média de cada legenda é
determinada pela quantidade de votos válidos a ela atribuída dividida pelo
respectivo QP acrescido de 1. À agremiação que apresentar a maior média cabe
uma das vagas a preencher, desde que tenha candidato que atenda à exigência de
votação nominal mínima. Por fim, depois de repetida a operação, quando não
houver mais partidos com candidatos que atendam à exigência de votação nominal
mínima, as cadeiras deverão ser distribuídas às legendas que apresentem as
maiores médias.
Eleições majoritárias
Para o cargo de prefeito, continua sendo possível a união de diferentes partidos em apoio a um candidato. Nesse modelo de representação majoritária, são eleitos aqueles que obtiverem a maioria dos votos, não computados os brancos e os nulos.
Em caso de empate, aplica-se
o critério de maior idade para desempatar a disputa. E, nos municípios com mais
de 200 mil eleitores, se nenhum candidato a prefeito alcançar a maioria
absoluta no primeiro turno, será realizada nova eleição, em segundo turno, com
a participação dos dois mais votados.
De acordo com a Resolução Resolução TSE n° 23.609/2019, que disciplina as
regras para o registro de candidatura nas eleições deste ano, “é facultado aos
partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações apenas
para a eleição majoritária”.
Nesse caso, as legendas que
compõem uma coligação deverão escolher um nome e passarão a obedecer a
obrigações e prerrogativas de uma agremiação, ou seja, devem funcionar como um
só partido político no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos
interesses interpartidários (Lei
n° 9.504/1997, artigo 6º, parágrafo 1º).
Com Ascom/TRE
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