Polícia Militar realiza apreensão de veículo em feira livre de Picuí neste sábado.
Foto: Redes sociais |
Neste sábado (08), o 9°
Batalhão de Polícia Militar realizou a apreensão de um veículo que estava
locado ao prefeito Olivânio Remígio, de Picuí, em plena feira livre.
A apreensão ocorreu às 09
horas da manhã, mas somente às 14:30 h foi entregue o auto de apreensão e
rebocado o veículo, haja vista que, depois do advogado do prefeito chegar e
destacar que a Polícia Militar não tem competência para apreender veículo em
decorrência de uma infração de trânsito inexistente, aguardou-se o deslocamento
da autoridade de trânsito de Campina Grande a Picuí.
Centenas de populares
indignados com a atitude da Polícia Militar se dirigiram até o local gritando
palavras de ordem. A todo momento, o advogado Joagny Augusto apresentava a
legislação e a documentação que permitia o tráfego em todo o território
nacional, mas o responsável pela abordagem, Capitão Cavalcante, não acatou as
alegações.
Versão da Polícia Militar:
Em entrevista ao jornalista
Geraldo Batista, disponível no Facebook, o Capitão Cavalcante, responsável pela
diligência, informou que o veículo estava sendo apreendido pela infração do
art. 230, V, do Código de Trânsito Brasileiro: "conduzir veículo que não
esteja registrado e devidamente licenciado". Questionado acerca de onde
havia partido a ordem para a abordagem, o Capitão afirmou, de forma ríspida,
que a ordem vinha da lei, sem, contudo, explicar porque a apreensão se deu pela
Polícia Militar e não pelo policiamento de trânsito.
Versão do Prefeito Olivânio:
Em live realizada na noite
de ontem (07), o prefeito Olivânio, juntamente com o advogado Joagny Augusto,
explicaram que o carro apreendido estava locado para seu uso durante a campanha
eleitoral. O advogado Joagny Augusto destacou que a Resolução CONTRAN 782/2020,
em seu art. 4°, § 1°, permite que o veículo novo, adquirido após 20 de março de
2020, transite por todo o território nacional sem emplacamento, portanto apenas
a sua nota fiscal.
O jurista ainda destacou que
a atitude da Polícia Militar foi abusiva ilegal e autoritária, primeiro porque
não tinha competência para realizar abordagem em decorrência de infração de
trânsito; segundo porque inexistia no caso qualquer tipo de infração; terceiro
porque manteve detido, por mais de 4 (quatro) horas, sob escolta policial, o
motorista do veículo; e quarto porque o chefe da diligência, Capitão
Cavalcante, é partidário político publicamente do Deputado Estadual Buba
Germano, esposa da candidata Gilma Germano, adversária política de Olivânio,
tendo o citado deputado gritado, dias antes, em praça pública, que tinha a
polícia do seu lado.
Por fim, o advogado apresentou (imagem abaixo) cópia de consulta no site do DETRAN-RN, destacando que o veículo está registrado, licenciado e em circulação, bem como afirmou que entrará com representação pelos abusos e ilegalidades cometidas.
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Até o momento, o comandante
do 9° Batalhão de Polícia Militar da Paraíba não apresentou qualquer
manifestação acerca dos fatos ocorridos.
Assessoria
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