Ministro da Saúde diz que distribuição da vacina para Paraíba e outros estados começa nesta segunda-feira
Ele também previu o início
da campanha para quarta-feira, às 10h
O ministro da Saúde, Eduardo
Pazuello, disse que o governo começa nesta segunda, às 7h, a distribuição de
vacinas contra a Covid-19 para todos os estados. Ele também previu o início da
campanha para quarta-feira, às 10h.
A distribuição, segundo o
ministro, será feita pela FAB a "pontos focais" definidos por cada
estado.
"Está dado o primeiro
passo para o início da maior campanha de vacinação do mundo contra o
coronavírus", afirmou, referindo-se à aprovação da Coronavac e a de
Oxford/AstraZeneca pela Anvisa.
"Poderíamos num ato
simbólico ou numa jogada de marketing iniciar a primeira dose em uma pessoa,
mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o
Ministério da Saúde não fará isso", acrescentou o ministro. Ele afirmou
que a aplicação da primeira dose da vacina em São Paulo é "uma questão
jurídica".
"Todas as vacinas
produzidas pelo Butantan estão contratadas de forma integral e de forma
exclusiva para o Ministério da Saúde e para o PNI, todas, inclusive essa que
foi aplicada agora. Isso é uma questão jurídica. Não vou responder agora,
porque a Justiça que tem que definir. Como foi feita a entrega sem ter feito a
liquidação nos nossos depósitos, para depois para a distribuição para o
estado", afirmou Pazuello.
"Isso é uma questão que
sai, vai para o lado do contrato efetuado.Tudo o que tem no Estado de São Paulo
no Butantan é contratado pelo MS, pago pelo SUS, pago pelos senhores. E o
contrato é claro, ele é de exclusividade, de 100% das doses", disse o
general.
Pazuello disse que as 6
milhões de doses do Butantan serão distribuídas proporcionalmente aos estados.
"Qualquer movimento fora desta linha está em desacordo com a lei".
Vacina da Fiocruz
Pazuello disse ainda que
"é muito provável" que Ministério consiga "coordenar a
entrega" após início desta semana das 2 milhões de doses que foram
adquiridas pelo Brasil da vacina de Oxford/AstraZeneca feitas pelo Instituto
Serum, da Índia.
"Numa conversa ainda em
nível diplomático ficou claro que a Índia ia começar sua vacinação no sábado
(16) e que seria interessante que essa saída das doses da Índia após o início
da vacinação, 1 dia, 2 dias. Hoje é o primeiro dia após o início da
vacinação", afirmou.
Ministro diz que cuidados
precisam continuar
O ministro afirmou ainda que
os cuidados contra a transmissão da Covid-19 não devem ser interrompidos
"em hipótese alguma", apesar do início da vacinação.
"Volto a dizer: não
podemos em hipótese alguma relaxar as medidas preventivas. Uso de máscara,
álcool em gel na mão, distanciamento social - situações como esta que estamos,
por exemplo [entrevista coletiva]... [Evitar] aglomerações... As empresas e
estabelecimentos que têm autorização para trabalhar e devem trabalhar, a
economia não deve parar, elas devem ter as medidas de cuidados muito
claras".
Aprovação
A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou neste domingo (17), por unanimidade, o
uso emergencial das vacinas Coronavac e da Universidade de Oxford contra a
Covid-19. A reunião que discutiu o tema durou cerca de 5 horas.
Os diretores acompanharam o
voto de Meiruze Freitas, relatora dos pedidos. No caso da Coronavac, a diretora
condicionou a aprovação à assinatura de termo de compromisso e publicação em
"Diário Oficial".
Depois da aprovação, o
governo de São Paulo aplicou a primeira dose da CoronaVac na tarde deste
domingo (17).
A enfermeira Mônica
Calazans, de 54 anos, moradora de Itaquera, na Zona Leste da capital paulista,
foi a primeira pessoa, fora dos estudos clínicos, a receber a vacina.
Por G1 Rio
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