Bezerro nasce com duas cabeças no interior do RN; veterinário explica caso.
Segundo professor da Ufersa,
má formação deve se tratar de uma diprosopia, quando as duas cabeças nascem de maneira
incompleta no animal. Fato é considerado raro.
Um bezerro nasceu com duas
cabeças em uma comunidade na zona rural do município de Santa Cruz, cerca de
100 quilômetros distante da capital Natal. O caso é considerado raro pelos
médicos veterinários.
Segundo o proprietário do
bezerro, que mora na comunidade de Bom Sucesso, o animal nasceu há três dias.
Ele conta que é a primeira vez que se depara com esse tipo de formação.
"Nunca aconteceu algo
assim nessa comunidade. É um fato inédito", disse Pedro Oliveira, que
relatou ainda uma dificuldade do animal para se levantar.
Segundo o médico veterinário
Raimundo Alves Barreto Junior, que também é professor da Universidade Federal
Rural do Semi-Árido (Ufersa), esse tipo de formação é realmente rara.
"Esse fato que
aconteceu na sua comunidade realmente é um fato muito pouco frequente. Nós
chamamos tecnicamente de dicefalia, quando o animal tem a definição bem clara
de duas cabeças, com dois cérebros, quatro orelhas, duas bocas, quatro olhos,
tudo bem separado", falou.
"Ou diprosopia, que é o
caso que mais parece aí, que é na verdade um quadro teratogênico (quando há
dano ao feto), que nasce com essa segunda cabeça de maneira incompleta".
Segundo o professor Barreto,
esse tipo de formação compromete a vida dos animais. Ele relata, por exemplo,
só ter conhecido um que conseguiu chegar à vida adulta com esse tipo de
formação, ainda na década de 1990.
"Poucos animais chegam
à vida adulta, porque a gente tem, nessas más formações congênitas, outras más
formações envolvidas internamente no animal, que impedem que ele chegue à vida
adulta. No caso desse animal, até o peso da cabeça dificulta com que ele fique
em pé", explicou.
"Em toda minha
carreira, eu só vi um caso de um animal que chegou à vida adulta, ainda na década
de 1990".
Apesar disso, o veterinário
mantém o otimismo e faz recomendações ao proprietário Pedro Oliveira.
"Cuide bem do seu animalzinho, tente levantá-lo e mantê-lo em pé. Com
muito cuidado talvez ele consiga chegar na vida adulta".
Por G1 RN e Inter TV Cabugi
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