20ª avaliação do Plano Novo Normal aponta 211 municípios paraibanos em Bandeira Laranja.
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A Secretaria Estadual de
Saúde (SES) publicou, na tarde deste sábado (06), a análise situacional e
evolutiva da Pandemia da Covid-19 no Estado da Paraíba. A 20ª avaliação do
Plano Novo Normal Paraíba (PNNPB) passa a vigorar nos 223 municípios paraibanos
a partir desta segunda-feira (8) e aponta 95% (211) dos municípios paraibanos
em bandeira laranja; 4% (8 municípios) figuram em bandeira vermelha e apenas 4
municípios da Paraíba na bandeira amarela, uma redução de 97% em relação à
avaliação anterior, a menor participação desta bandeira desde o início dos
ciclos avaliativos do PNNPB.
A avaliação quinzenal
acontece desde junho de 2020 e utiliza como base indicadores a quantidade de
casos de Covid-19, mortalidade, índice de adesão ao isolamento social e
ocupação de leitos hospitalares. A avaliação em cores varia do vermelho ao
verde, sendo que o vermelho é a mobilidade impedida e verde mobilidade livre.
As avaliações e orientações estão disponíveis em https://paraiba.pb.gov.br/diretas/saude/coronavirus/novonormalpb
O documento traz também as
recomendações necessárias para contenção de sua recrudescência considerando o
cenário de rápida deterioração epidemiológica e das capacidades de oferta do
Sistema Único de Saúde paraibano. O secretário executivo de Gestão de Unidades
de Saúde, o médico sanitarista Daniel Beltrammi, reforça que "a literatura
científica internacional aponta que os reflexos da adoção de comportamentos de
alto risco, como o abandono do uso de máscaras e a ocorrência de atividades com
grandes aglomerações, majoritariamente entre a população das faixas etárias de
19 a 59 anos, afetam os indicadores utilizados pelo Plano Novo Normal no prazo
de uma semana, o que permite correlacionar a piora ou a melhora do
comportamento social, quanto à adoção de medidas protetivas, com a deterioração
ou melhora do contexto epidemiológico e das capacidades do sistema de saúde, na
forma de maiores ou menores ocupações dos leitos hospitalares para os cuidados
à Covid-19 na Paraíba."
O secretário aponta também
que as medidas adotadas pelo Governo do Estado da Paraíba, por meio do Decreto
41.053 de 23/02/2021, que passou a vigorar a partir do dia 24/02/2021 e vai até
o dia 10/03/2021, dedicadas a atenuar os riscos oriundos da rápida deterioração
do cenário epidemiológico da pandemia na Paraíba, "mostram-se de extrema
importância sanitária e social, posto que o crescimento rápido e expressivo do
número de casos (mais de mil novos casos divulgados ao dia), internações
hospitalares (mais de 70 novas internações ao dia) e óbitos (mais de 20 óbitos
divulgados ao dia), são prejuízos de alta relevância para toda Paraíba."
Como medidas para conter o
avanço da doença por todo o estado, Beltrammi afirma que os esforços devem ser
mantidos e dependem da decisão de cada uma das pessoas em seguir protegendo
suas vidas por meio dos métodos e comportamentos reconhecidamente efetivos para
conter a disseminação do novo coronavírus. O secretário destaca como ação de
governo as operações de fiscalização que objetivam orientar a população e
reduzir aglomerações. "Está em atividade a Operação Previna-se, esforço conjunto
das forças de segurança pública, Procons e vigilâncias sanitárias, para que se
possam ampliar as medidas de fiscalização e acompanhamento das medidas
propostas pelo Decreto do Governo do Estado da Paraíba, já sendo realizadas
mais de uma centena e meia de ações em todo estado, com especial destaque para
os municípios paraibanos em bandeiras laranjas e vermelhas", pontuou.
Nesta 20ª avaliação pode-se
constatar que a Paraíba tem em média uma internação hospitalar a cada 20
minutos em razão dos agravos produzidos pelo Novo Coronavírus, sendo importante
mais uma vez ressaltar que a Covid-19 é uma doença 100% evitável, uma vez que o
uso de máscaras, a manutenção do distanciamento social evitando-se aglomerações
e a adequada higienização das mãos impedem o contágio pelo vírus de forma
efetiva.
Entre 17 a 23 de fevereiro,
o Centro Estadual de Regulação Hospitalar registrou 298 internações por
covid-19 nos leitos de referência para Covid-19 nos hospitais públicos em toda
a Paraíba. Entre 24 de fevereiro e 02 de março, 398 internações foram
realizadas.
Nos últimos dias, a
Secretaria Estadual de Saúde ativou mais 140 leitos exclusivos para tratar
pacientes com quadros moderados e graves da Covid-19. Outros 147 serão abertos
nos próximos 15 dias, totalizando mais 287 leitos ativos para a Covid-19. Entre
estes, 287 novos leitos ativos estão 78 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI),
161 de enfermaria e 48 unidades de decisão clínica. Tais leitos se somam aos já
existentes na rede de referência para covid-19. Daniel chama atenção que apesar
do esforço, "nenhum leito hospitalar novo substitui em importância as
medidas de proteção à vida. Profissionais de saúde estão exaustos, uma vez que
atuam na linha de frente há mais de 12 meses."
Na avaliação do secretário,
"os últimos 15 dias foram marcados por importante piora da situação de
pandemia na Paraíba. Mais do que nunca devemos o quanto possível evitar
adoecermos pela Covid-19, pois ao fazer isso você salva vidas, salva o SUS
paraibano e a toda a Paraíba!". Ele reforça que o coronavírus depende de
nossos encontros e convívio com proximidade para nos fazer mal, por isso a
decisão de manter-se seguro e protegido é fundamental.
Vacinação - O documento
também traz uma avaliação sobre a campanha de vacinação no estado, que hoje já
dispõe de doses para vacinar idosos acima de 75 anos, profissionais de saúde, a
população indígena em territórios demarcados, idosos e pessoas com deficiência
vivendo em instituições.
Na avaliação do secretário,
"a chegada das vacinas representa uma importante ferramenta para
combatermos este inimigo invisível, mas não pode ser motivo para que
abandonemos outras medidas protetivas fundamentais como o uso de máscaras,
manutenção do distanciamento social e lavagem das mãos". As vacinas só
atingem bons níveis de proteção pelo menos 60 dias após a 1ª dose, com a
segunda dose aplicada neste intervalo (28 dias ou até 90 dias após a 1ª dose),
e por isso mesmo é preciso seguir utilizando todas as medidas protetivas
conhecidas, para que se evite adoecimentos e quadros graves de Covid-19, antes
mesmo da aplicação da 2ª dose e da conclusão destes 60 dias.
Secom/PB
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