Covid-19: para prevenir e tratar gestantes e puérperas, governo vai liberar R$ 247 mi.
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Ministério da Saúde anunciou
a liberação de recursos para implementação de ações para o cuidado de gestantes
e puérperas com a Covid-19.
Em coletiva na manhã de
sexta-feira (16), o Ministério da Saúde anunciou a liberação de R$ 247 milhões
para apoiar estados e municípios na implementação de ações para o cuidado de
gestantes e puérperas com a Covid-19. Nos próximos dias, o órgão deve publicar
a portaria que regulamenta o repasse dos recursos.
Segundo o secretário de
Atenção Primária à Saúde, Rafael Parente, desde o ano passado o ministério já
destinou quase R$ 1 bilhão em ações voltadas a esse público.
“Há um foco total do
Ministério da Saúde na política em relação à saúde materno infantil. Esta
portaria libera mais R$ 247 milhões para os municípios. Sabemos que essas
variantes, embora ainda não haja estudos para comprovar, mostram agressividade
maior com grávidas quando comparado com 2020. Então é importante que esse
dinheiro seja bem utilizado”, destacou.
Os gestores locais vão poder
usar os recursos para garantir hospedagem às gestantes e puérperas que não
possuem condições de isolamento domiciliar e distanciamento social. A
acomodação pode ser em hotel, casa de gestante ou alguma outra considerada
adequada pelo gestor.
Além disso, o dinheiro
também pode ser destinado para reforçar a identificação precoce, o
monitoramento de gestantes ou puérperas com síndrome gripal respiratória aguda
grave ou com suspeita ou confirmação da Covid-19, por exemplo. Em portaria
semelhante publicada em agosto do ano passado, o MS liberou R$ 260 milhões.
Segundo a pasta, com os recursos, quase 1 milhão de mulheres grávidas e
puérperas foram beneficiadas.
Apoio aos municípios
Durante a coletiva, Parente
lembrou que é importante que os municípios, de fato, usem os recursos
liberados. Segundo o secretário, a pasta disponibilizou R$ 324,3 milhões para
estruturação de maternidades públicas no ano passado, mas quase R$ 60 milhões não
foram solicitados pelos governos estaduais e prefeituras.
“Por que não aderiram se
tinham esse dinheiro disponível? É importante que a população cobre isso.
Sabemos de alguns municípios que os gestores, porque não foram reeleitos, não
se interessaram em aderir. É importante que essa informação chegue na ponta”,
criticou.
O secretário citou que há
diversas ferramentas criadas pelo Ministério da Saúde para capacitar os
gestores locais a implementar ações de apoio às gestantes e puérperas, entre
elas vídeos explicativos, encontro entre especialistas e profissionais da saúde
e recomendações da equipe técnica do órgão.
Parente destacou que o
número de atendimentos de pré-natal caiu consideravelmente entre 2019 e 2020.
Segundo ele, o ‘fique em casa’ é importante, mas isso não pode prejudicar o
acompanhamento de questões importantes durante a gravidez. “Quando tem motivo,
tem que ir ao pré-natal. Não é para assustar as grávidas para não fazerem o
pré-natal. Cabe ao gestor local fazer isso da forma mais segura possível para
levar a paciente até o atendimento”, disse.
Vacina
O Ministério da Saúde
reforçou a recomendação de que as mulheres grávidas com fatores de risco sejam
vacinadas ao chegarem a um posto de saúde. Para as gestantes que não se
encaixam nessa condição, a pasta afirma que ainda avalia com cautela a extensão
da orientação.
O secretário Rafael Parente
também orientou que, se possível, as mulheres posterguem a gravidez para um
momento mais adequado, devido à pandemia. “A gente sabe que na época do Zika
teve uma diminuição da gravidez no país e depois aumentou. Para uma mulher
jovem que pode escolher o momento de engravidar, o mais indicado é esperar um
pouquinho até a situação ficar mais calma”, concluiu.
Fonte: Brasil 61 -
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