China confina cidade com 5 milhões de habitantes após detectar surto.
Xiamen, no sudeste do país,
registrou 32 novos casos da doença
Cerca de 5 milhões de habitantes
de Xiamen, no sudeste da China, foram hoje (14) colocados em confinamento, após
terem sido detectados 32 casos de covid-19, naquela que é uma das mais
populosas cidades da província de Fujian.
No total, a província de Fujian
registrou 60 novos casos nas últimas 24 horas, incluindo um assintomático.
Análises preliminares citadas
pela imprensa local indicam a presença da variante Delta entre os contagiados.
O jornal The Paper alertou para a
entrada em vigor, a partir da última meia-noite local (horário local), da
suspensão dos serviços de ônibus de longa distância, no âmbito de uma série de
medidas, que incluem o regresso às aulas online, em todos os níveis de ensino,
e o fechamento de vários locais públicos.
A imprensa local também informou
que todos os complexos residenciais de Xiamen permanecerão
"fechados", para evitar que os moradores saiam. Apenas viajantes com
teste negativo terão acesso ao aeroporto da cidade, feito, no máximo, 48 horas
antes da partida.
De acordo com o jornal South
China Morning Post, de Hong Kong, todas as celebrações e eventos do Festival do
Meio de Outono, que ocorrem no próximo dia 21, foram cancelados, enquanto as
reuniões com grande número de pessoas, como casamentos, foram proibidas. Os
funerais devem ser realizados de "maneira simples", disseram as
autoridades.
As cidades de Putian e Quanzhou
(esta última, com mais de 6 milhões de habitantes), também na província de
Fujian, registraram casos positivos, como parte do mesmo surto.
No caso de Putian - onde começa
hoje a ser feita uma campanha massiva de testes - a imprensa local informou que
as infecções estão concentradas numa escola e numa fábrica de calçado.
Nessa segunda-feira (13), as
autoridades afirmaram que o surto deve alastrar-se a outras regiões do país,
mas que poderão controlá-lo antes do início do feriado da "semana
dourada", que se realiza no início de outubro.
A China pratica uma estratégia de
tolerância zero contra o novo coronavírus, que envolve rígido controle sobre
entradas no país, com quarentenas de até três semanas e vários exames, além da
realização de testes em massa, nos locais onde é detectado novo surto.
O país somou 95.340 casos e 4.636
mortos desde o início da pandemia.
A covid-19 provocou pelo menos
4.627.854 mortes em todo o mundo, entre mais de 224,56 milhões de infecções
pelo novo coronavírus registradas desde o início da pandemia.
A doença respiratória é provocada
pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no fim de 2019 em Wuhan, cidade do
centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o
Reino Unido, a Índia, África do Sul, o Brasil e o Peru.
Por RTP – Pequim - Via Agência Brasil
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