Mais de 300 mil trabalhadores ainda não sacaram o Abono Salarial. São R$ 208,5 milhões nos cofres do Estado.
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O Abono Salarial é um direito do
trabalhador inscrito no PIS, que pode receber uma remuneração de até um salário
mínimo, referente aos meses trabalhados no ano anterior. Esse dinheiro pode ser
de grande ajuda. Mesmo assim, mais de 300 mil trabalhadores ainda não sacaram o
abono a que têm direito referente ao ano de 2019. São R$ 208,5 milhões nos
cofres do Estado ainda aguardando seus beneficiários.
Os 320.423 trabalhadores que não
sacaram o abono, que já está disponível desde 2020, ainda podem fazê-lo. Eles
podem solicitar o pagamento no próximo calendário vigente. Ou seja, podem sacar
o valor atrasado do abono de 2019 junto com o abono de 2020, que começa a ser
pago em 8 de fevereiro.
O calendário estipula as datas de
pagamento pelo mês do aniversário, se for trabalhador da iniciativa privada, ou
pelo número da inscrição, se for trabalhador do setor público.
De acordo com o Ministério do
Trabalho e Previdência, 22,2 milhões de trabalhadores têm direito ao Abono
Salarial referente ao ano base de 2019. Desses, 21,9 milhões fizeram o saque de
sua quantia correspondente, totalizando R$ 17,2 bilhões já retirados. Segundo a
pasta, 98,56% dos trabalhadores com direito ao saque já o fizeram.
Quem tem direito
Tem direito ao benefício o
trabalhador inscrito no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos, e que tenha
trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a
apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é
necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na
Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Os trabalhadores também podem
checar se têm direito ao saque pelo site do governo federal ou da Carteira de
Trabalho Digital. A central Alô Trabalhador, telefone 158, também está
disponível para atendimento.
Valor
O valor do abono é proporcional
ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2020. Cada mês
trabalhado equivale a um benefício de R$ 101, com períodos iguais ou superiores
a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira
assinada receberá o salário mínimo cheio, que atualmente é de R$ 1.212.
Por Marcelo Brandão - Repórter da
Agência Brasil
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