ATENÇÃO: Saiba quais são os primeiros sintomas da ômicron e quando eles surgem.
Apesar de ser considerada
menos letal, cepa tem sintomas semelhantes aos da gripe, o que pode atrasar o
diagnóstico.
Os casos e hospitalizações por
Covid-19 voltaram a subir em todo o mundo, inclusive no Brasil, pelo fato de a
ômicron, hoje a variante dominante no mundo, ser muito mais transmissível do
que o SARS-CoV-2 original, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma
das maneiras de segurar a propagação da nova cepa é, assim que começarem os
sintomas da doença, fazer um teste para comprovar ou descartar a infecção e, em
caso positivo, se isolar para evitar contaminar outras pessoas. Para isso, é
essencial reconhecer os sintomas da ômicron e entender quando eles costumam se
manifestar.
Sintomas da ômicron
Os sintomas mais comuns entre os
infectados pela ômicron são febres, coriza, dor de garganta e dor no corpo,
nada semelhantes à perda de paladar, de olfato e tosse seca comuns às outras
variantes.
A ômicron foi detectada e
anunciada pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul
(NICD) em 25/11/2021 a partir de amostras retiradas de laboratório, após a
médica Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul,
observar uma mudança no perfil sintomático dos pacientes com Covid-19. Eles
relatavam cansaço extremo, dores pelo corpo, dor de cabeça e garganta, a
maioria com quadros leves e quase metade não havia sido vacinada. Ainda em
novembro a OMS incluiu a ômicron na sua lista de variantes de preocupação, ou
seja, com mais mutações, mais transmissíveis e com mais chances de causar
doenças graves.
O fato dos sintomas serem
semelhantes aos de uma gripe comum pode confundir e fazer com que as pessoas
desistam de averiguar se é Covid-19 ou não. A OMS indica que no surgimento de
alguns destes sintomas, o ideal é fazer um teste do tipo RT-PCR ou de antígeno
para comprovar o diagnóstico.
Período de incubação
Um estudo preliminar da
Universidade de Nebraska publicado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC),
ambos dos Estados Unidos, demonstrou que o tempo de incubação (período entre a
infecção e o aparecimento dos sintomas) da ômicron no organismo é de até três
dias. Ou seja, a pessoa infectada pela ômicron desenvolveria sintomas mais
rapidamente do que na infecção por outras variantes.
“Considerando que o período médio
de incubação do SARS-CoV-2 foi descrito como ≥ cinco dias, e mais próximo de
quatro dias para a variante delta, o período médio de incubação observado neste
cluster foi de aproximadamente três dias”, descreveu a publicação. O estudo foi realizado com seis infectados
pela ômicron de uma mesma família, com idades entre 11 e 48 anos, apenas um completamente
vacinado.
Já um estudo do Instituto Japonês
de Doenças Infecciosas demonstrou que a carga viral da ômicron atinge seu pico
de três a seis dias após a infecção e tende a desaparecer dez dias após o
início dos sintomas ou o diagnóstico.
O estudo preliminar mediu a carga
viral de 83 amostras respiratórias de 21 infectados pela ômicron, 19 vacinados
e dois não vacinados, 17 destes com sintomas leves e quatro sem sintomas, em
dias diferentes. A quantidade de RNA viral dos participantes do estudo caiu ao
longo do tempo, com maior diminuição após 10 dias do início dos sintomas.
Fonte: Instituto Butantan
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