Banco Central informará novos valores esquecidos a partir de maio.
Segunda etapa da consulta
abrangerá mais R$ 4,1 bilhões não sacados
Quem fez a consulta a valores
esquecidos nos bancos e foi informado de que não tinha nada a receber terá de
repetir o procedimento nos próximos meses. Em maio, o Banco Central (BC)
ampliará a base de dados para incluir novos tipos de saldos residuais.
A primeira etapa da consulta, que
começou nesta segunda-feira (14) no site do Banco Central (valores a
receber), prevê a devolução de R$ 3,9 bilhões para 28 milhões de pessoas
físicas ou de empresas com valores não sacados.
O dinheiro vem das seguintes
fontes:
• contas-correntes ou poupanças
encerradas e não sacadas;
• cobranças indevidas de tarifas
ou de obrigações de crédito previstas em termo de compromisso assinado com o
BC;
• cotas de capital e rateio de
sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito;
• grupos de consórcio extintos.
A segunda etapa do serviço,
prevista para começar em maio, permitirá a consulta para a devolução de mais R$
4,1 bilhões.
Serão incluídos os seguintes
valores:
• cobranças indevidas de tarifas
ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso;
• contas de pagamento pré-paga e
pós-paga encerradas e com saldo disponível;
• contas encerradas em corretoras
e distribuidoras de títulos e de valores mobiliários;
• demais situações que resultem
em valores a serem devolvidos reconhecidas pelas instituições financeiras.
Balanço parcial
Segundo o Banco Central, até as
12h desta segunda (14), cerca de 20 milhões de pessoas físicas e de empresas
haviam consultado a nova plataforma. Diferentemente do sistema anterior, que
ficava no ambiente Registrato (site que informa a relação entre correntistas e
as instituições financeiras), o novo site exigirá a criação de uma conta nível
prata ou ouro no Portal Gov.br para autorizar a retirada, caso tenha valores
esquecidos.
Calendário
A consulta pode ser feita por
qualquer cidadão ou empresa em qualquer horário. No entanto, caso o sistema
informe recursos a receber, os usuários foram divididos em três grupos,
baseados na data de nascimento ou na data de fundação da empresa.
Quem nasceu antes de 1968 ou
abriu a empresa antes desse ano poderá conhecer o saldo residual e pedir o
resgate entre 7 e 11 de março, no mesmo site. A própria página informará o
horário e a data para pedir o saque. Caso o usuário perca o horário, haverá uma
repescagem no sábado seguinte, em 12 de março, das 4h às 24h.
Para pessoas nascidas entre 1968
e 1983 ou empresas fundadas nesse período, o prazo será de 14 a 18 de março,
com repescagem em 19 de março. Quem nasceu a partir de 1984 ou abriu empresa
nesse ano, a data vai de 21 a 25 de março, com repescagem em 26 de março. As
repescagens também ocorrerão aos sábados no mesmo horário, das 4h às 24h.
Quem perder o sábado de
repescagem poderá pedir o resgate a partir de 28 de março, independentemente da
data de nascimento ou de criação da empresa. O BC esclarece que o cidadão ou
empresa que perderem os prazos não precisam se preocupar. O direito a receber
os recursos são definitivos e continuarão guardados pelas instituições
financeiras até o correntista pedir o saque.
Por Wellton Máximo – Agência
Brasil
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