Leite materno auxilia na proteção contra Covid-19 em bebês.
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“Sinto uma felicidade e um amor
imensos cada vez que amamento”. A declaração é da operadora de telemarketing
Fernanda Rodrigues, de 32 anos, que está amamentando Malu, a primeira filha, de
três meses. Além de aflorar sentimentos, ela sabe que o leite materno também
age na saúde do bebê. “Vejo o quanto a minha filha é saudável, sem precisar de
nada, além do leite materno. Acredito até que o leite funciona como uma vacina
natural, pois protege o bebê de várias doenças, inclusive da Covid-19”,
ressaltou.
O que a mãe fala como uma
hipótese já é uma certeza para a ciência. Muitos estudos têm sido desenvolvidos
para avaliar a proteção contra o vírus por meio do aleitamento materno, levando
em consideração a impossibilidade de crianças com idade abaixo dos cinco anos
serem vacinadas.
“Mães que amamentam e estão
vacinadas contra a Covid-19 transferem anticorpos de forma passiva para
crianças amamentadas, independente do tempo de lactação (aleitamento),
favorecendo a proteção delas contra a doença”, explicou o secretário executivo
de Estado da Saúde, Daniel Beltrammi.
Bastante cuidadosa com ela e a
filha, Fernanda está com o esquema vacinal completo contra a Covid-19. “Como
minha filha só tem três meses e não tem vacina pra ela, mesmo assim, fico
segura porque sei que o leite materno tem a mesma função da vacina”, disse.
“O leite materno é o único
alimento que contém anticorpos e outras substâncias que protegem o lactente de
infecções como diarreias, infecções respiratórias, de ouvido e ainda prevenir o
surgimento de doenças na vida adulta, como asma, diabetes e obesidade, além de
favorecer o desenvolvimento físico, emocional e a inteligência”, pontuou a
diretora geral do Banco de Leite Anita Cabral, Thaíse Ribeiro.
Thaíse acrescentou ainda que,
“nos casos de inexistência de vacina ou impossibilidade das crianças serem
vacinadas, a amamentação constitui uma forma importante de prevenção de
doenças”.
Além de amamentar, Fernanda
também faz doação de leite materno. “Malu nunca teve, sequer, um resfriado,
pois, usa somente o aleitamento materno. Quero fazer o mesmo por outras
crianças que precisam crescer bem e saudáveis, ainda mais num momento tão
delicado como esse que estamos passamos, devido à pandemia”, disse a mãe.
Proteção do Leite Materno - O
leite materno é o alimento mais completo para as necessidades da criança, sendo
perfeitamente adequado para demandas nutricionais nos primeiros anos de vida.
De acordo com recomendação da
Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS), o aleitamento
materno deve ser do nascimento até os dois anos de vida ou mais. Portanto, as
mães que amamentam crianças que ainda não são elegíveis para a vacinação podem
ficar tranquilas com a transferência de anticorpos contra o coronavírus. Foram
realizados estudos com mães vacinadas, com diferentes tipos de vacinas e os
resultados sugeriram o mesmo nível de proteção.
Nos casos de inexistência de
vacina ou impossibilidade das crianças serem vacinadas, a amamentação é uma
forma importante de prevenção de doenças. Pode-se citar o efeito anti-dengue no
leite materno. Cada vez que o bebê é amamentado, reduz a chance de contaminação
pelo arbovírus, mesmo que tenha sido picado pelo mosquito Aedes Aegypti.
Em março, de 2020, a OMS concluiu
e publicou a orientação de que, apesar da presença do vírus no leite materno,
ele já é transferido, de forma inativa, tendo sido considerada uma forma de
proteção contra a Covid-19 em crianças.
É bom lembrar que as mães devem
ter cuidados de higiene, a exemplo de limpeza das mãos e uso de máscara para
diminuir o risco de transmissão ao recém-nascido, uma vez que este pode ser
transmitido através de gotículas, durante o contato próximo com o bebê.
Secom PB
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