Em encontro com representantes de cidades-polo do Nordeste, ministro destaca importância da água para o desenvolvimento regional.
1º Encontro dos Municípios-Polo do G52. Foto: Erasmo Salomão/MDR
Rogério Marinho participou da
abertura do 1º Encontro dos Municípios-Polo do G52 nesta segunda-feira (21), em
Natal (RN). Evento é promovido pela Sudene.
O ministro do Desenvolvimento
Regional, Rogério Marinho, destacou, nesta segunda-feira (21), a importância de
promover o crescimento econômico e social nas regiões menos desenvolvidas do
País para alcançar um patamar mais alto de desenvolvimento. Um dos exemplos,
segundo ele, está o investimento do Governo Federal para a melhoria das
condições de vida e de produção no semiárido brasileiro.
Nesta segunda, Marinho participou
da abertura do 1º Encontro dos Municípios-Polo do G52, evento organizado pela
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em Natal (RN), e que
segue com programação até esta terça-feira (22).
“O Nordeste brasileiro tem 28% da
população, mas só 14% da renda bruta do País. É importante que todos sejamos
mais ou menos iguais. Temos que fazer um esforço para permitir que as regiões
menos desenvolvidas se aproximem daquelas que são mais desenvolvidas e que
essas puxem as demais regiões para que tenhamos um País mais igual, mais justo.
Um lugar melhor para se morar, melhor para se viver. Esse é o objetivo de todos
nós”, afirmou o ministro.
Uma das ferramentas para a promoção
do desenvolvimento, de acordo com o titular do Ministério do Desenvolvimento
Regional (MDR), é o aumento da disponibilidade hídrica. A Pasta vem atuando
para permitir que a população da Região Nordeste tenha acesso à água em
quantidade e qualidade. Entre as realizações estão a conclusão de obras, como o
eixo norte da transposição do Rio São Francisco, o andamento de obras
acessórias aos canais e a construção de sistemas dessalinizadores de água e de
adutoras para o transporte dos recursos hídricos para o atendimento da
população, entre outros.
“O nosso grande problema sempre
foi a dificuldade de acesso à água no Semiárido nordestino, onde moram quase 30
milhões de pessoas. A falta do acesso à água faz com que essa região passe por
um processo de empobrecimento e vede o acesso à transformação que todos nós
queremos”, destacou Marinho. “Porque a indústria só se instala quando tem água.
Porque o comércio e a logística só acontecem se tiver água. Porque a saúde só é
descomprimida quando há água tratada de qualidade, pois isso permite que
melhore a qualidade de vida das pessoas. A mortalidade infantil é combatida com
água de qualidade. A água é vida e é indutora do desenvolvimento”, reforçou.
Durante a apresentação, o
ministro Rogério Marinho também falou de programas importantes executados pelo
MDR, como o Águas Brasileiras, que atua na revitalização de bacias
hidrográficas. Uma das consideradas prioritárias é a do Rio São Francisco, que
percorre os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, e
também cede suas águas para Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
Outro ponto abordado por Marinho
foi a instituição do Marco Legal do Saneamento, em 2020. Desde que a legislação
passou a vigorar, o volume de investimentos para projetos de abastecimento de
água e esgotamento sanitário no País saltou de R$ 4,5 bilhões para R$ 50
bilhões, segundo o ministro.
“É um aumento de mais de dez
vezes nos recursos para o setor. E isso foi possibilitado pela mudança
legislativa, que criou um ambiente confortável para que o setor privado
investisse no público. Com isso, será possível atingirmos as metas de
universalização em 2033, para que 99% dos brasileiros tenham acesso a
tratamento de água e 90% ao tratamento do esgoto. É um marco civilizatório”,
apontou Rogério Marinho.
Com o novo marco legal, foram
possibilitados leilões dos serviços de saneamento básico – nove deste tipo já
foram feitos. No Nordeste, foram concedidos serviços da Região Metropolitana de
Maceió (AL) e de mais 61 cidades alagoanas, além da cidade do Crato, no Ceará.
Outras iniciativas similares
poderão ser apoiadas pelo MDR por meio do Fundo de Desenvolvimento da
Infraestrutura Regional Sustentável (FDIRS), que vai disponibilizar R$ 780
milhões para a elaboração e desenvolvimento de projetos de concessões e
parcerias público-privadas (PPPs) da União, dos estados e dos municípios.
Cidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste terão prioridade.
Sobre o G-52
O G-52 reúne os 52 municípios que
integram a rede de cidades intermediárias criada pela Sudene para viabilizar a
interiorização de ações de desenvolvimento regional. A proposta é criar
oportunidades para parcerias e intercâmbios de experiências na gestão
municipal, proporcionando aos participantes um ambiente de aproximação entre os
municípios, entes federais, especialistas e instituições de fomento ao desenvolvimento
regional em toda a Região Nordeste e norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Esses municípios fazem parte de
uma iniciativa da Sudene para, a partir da influência exercidas por esses
polos, descentralizar as ações de estímulo à economia, acesso ao crédito e
desenvolvimento social, promovendo a interiorização de ações e projetos
considerados prioritários.
“O evento é o cumprimento de uma
estratégia baseada no Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste, orientada
pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, em que nós procuramos fazer uma
interiorização do desenvolvimento”, explicou o superintendente da Sudene,
general Carlos César.
O G52 foi consolidado a partir do
conceito de cidades intermediárias proposto pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) e constitui a estratégia territorial para viabilização das
iniciativas do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). Os
municípios que integram o grupo representam 6,5% do Produto Interno Bruto
nacional e 46% do PIB do Nordeste. Cerca de 20 milhões de pessoas (34,5% da
população nordestina) vivem nessas localidades.
Confira os municípios que
integram o G52
Alagoas: Arapiraca e Maceió
Bahia: Barreiras, Feira de
Santana, Guanambi, Ilhéus, Irecê, Itabuna, Juazeiro, Paulo Afonso, Salvador,
Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista
Ceará: Crateús, Fortaleza,
Iguatu, Juazeiro do Norte, Quixadá e Sobral
Maranhão: Bacabal, Balsas,
Caxias, Imperatriz, Presidente Dutra, Santa Inês e São Luís
Paraíba: Cajazeiras,
Campina Grande, João Pessoa, Patos e Sousa
Pernambuco: Caruaru, Petrolina,
Serra Talhada e Recife
Piauí: Bom Jesus, Corrente,
Floriano, Parnaíba, Picos, São Raimundo Nonato e Teresina
Rio Grande do Norte: Caicó,
Mossoró e Natal
Sergipe: Aracaju e Itabaiana
Espírito Santo: Colatina e São
Mateus
Minas Gerais: Governador
Valadares, Montes Claros e Teófilo Otoni
Fonte: Brasil 61 –
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