Em Picuí, após 39 anos, restos mortais do Cônego José de Barros são sepultados na Igreja Matriz de São Sebastião.
Urna funerária colocada em local preparado para esse fim - Foto: Francisco Araújo |
Nesta quarta-feira (30), aconteceu
a exumação dos restos mortais do Cônego José de Barros no cemitério do bairro
Monte Santo em Picuí, e logo em seguida trasladados para a Igreja Matriz de São
Sebastião, onde foram sepultados.
A noite, aconteceu a missa celebrada
pelo administrador paroquial Padre Lúcio Flávio, que antes do ato oficial, apresentou
a história de vida do Padre Barros, como era conhecido na comunidade.
Cônego José de Barros, nasceu
em 23 de outubro de 1912, na fazenda, Barra, no município de Picuí. Aos 21 anos,
após o término de seus estudos, ensinou no antigo colégio Pio XI em Campina
Grande e Pio X em João Pessoa.
Foi ordenado Padre para a
igreja, em 17 de novembro de 1935, na Catedral de João Pessoa, por Dom Manuel Antônio
de Paiva, bispo de Garanhuns PE.
Exerceu o oficio de diretor
espiritual, professor e vigário em Cabedelo PB, em seguida, assumiu a paróquia
de Cabaceiras, onde exerceu o ministério andando a cavalo.
Em abril de 1944, foi
transferido para Cuité, permanecendo até abril de 1959, quando foi transferido
para Picuí, sua terra Natal, onde exerceu o seu ministério com todo afinco. Disse
Padre Barros, “lancei as minhas vistas para o aumento da igreja matriz, muito
bem compreendido por todos os conterrâneos que muito ajudaram a referida
construção”.
Em Picuí, sua dedicação se estendeu
por aproximadamente 25 anos, aqui ele assistiu aproximadamente 3 mil matrimônios
e batizou aproximadamente 25 mil pessoas.
Em carta escrita em 17 de
julho de 1983, ao então bispo da Diocese de Campina Grande Dom Luiz Gonzaga
Fernandes, o padre Barros disse, que era sua intenção comemorar os 25 anos, e
logo depois entregar a paróquia ao senhor bispo Diocesano Dom Luiz Fernandes,
explicando o motivo da antecipada renúncia e foi prontamente atendido.
“Continuarei avulso e
residindo em casa própria, sem trazer dificuldades para o padre que me substituísse;
deixo aqui as minhas despedidas a todos que mim ajudaram no fiel desempenho da
missão na cidade e nas capelas da paróquia” – disse Barros.
Faleceu em 28 de novembro
1983, foi sepultado no cemitério do bairro Monte Santo, em Picuí, e nesta quarta-feira
(30), após autorização de familiares e do bispo Diocesano, houve a exumação dos
restos mortais do padre e trazidos para a matriz, onde o religioso amou e se
dedicou parte de sua vida.
Em seguida, a urna funerária com
os restos mortais do saudoso Padre Barros, foi colocada em um lugar especialmente
preparado para o sepultamento, logo na entrada, do lado esquerdo de quem entra na igreja,
com fácil acesso a visitações.
Francisco Araújo
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