OMS monitora nova variante que combina Ômicron e Delta.
Recombinação genética foi
identificado na França, Holanda e Dinamarca
A Organização Mundial da Saúde
(OMS) informou nesta quarta-feira (9) que está monitorando o surgimento de uma
nova variante do coronavírus que combina características genéticas duas outras
versões do vírus: a Ômicron e a Delta. A mistura das duas variantes tem sido
chamada informalmente de Deltacron.
A primeira evidência mais sólida
de um vírus recombinante Delta e Ômicron foi compartilhada pelo Instituto
Pasteur, da França. Eles fizeram o sequenciamento genético completo do vírus
para o GISAID, um banco de dados internacional que centraliza as sequências
genéticas de todas as variantes do coronavírus.
A diretora técnica da Organização
Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, disse que a entidade está ciente
dessa nova variante, já identificada em três países europeus.
"Estamos cientes disso, é
uma combinação das variantes Delta e Ômicron. Foi detectada na França, na
Holanda e na Dinamarca. Isso era algo esperado dado que há uma intensa
circulação dessas variantes", disse durante coletiva de imprensa da OMS.
Segundo ela, em países da Europa
a variante Delta continuava circulando de forma expressiva quando surgiu a
variante Ômicron, o que pode explicar essa recombinação.
A epidemiologista ponderou que,
até o momento, não foi identificada nenhuma severidade maior da infecção pela
nova variante, mas que pesquisas e estudos ainda estão em andamento.
Pandemia
Sobre a persistência da pandemia,
o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, voltou a dizer que ela está longe do
fim. "A pandemia está longe de acabar. E ela não vai acabar em nenhum
lugar até que ela acabe em todos os lugares", alertou.
Em janeiro deste ano, após o
aumento exponencial de contaminações impulsionado pela variante Ômicron, o
dirigente da OMS já havia dito a mesma coisa. Ele também lembrou que, na
próxima sexta-feira (11) completará exatamente dois anos em que a epidemia de
covid-19 foi descrita como uma pandemia global.
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil –
Nenhum comentário