PARAÍBA: Cuida Mais Brasil vai destinar R$ 6,5 milhões ao estado para fortalecer atendimento materno-infantil no SUS.
Incentivo financeiro será
feito em sete parcelas via 16 Regiões de Saúde espalhadas por todo o estado.
Por meio do Programa Cuida Mais
Brasil, os serviços de saúde da Paraíba ganham reforço de R$ 6,5 milhões em
2022. Os recursos do governo federal têm o objetivo de fortalecer o atendimento
materno-infantil no SUS, com integração de médicos pediatras, ginecologistas e
obstetras na Atenção Primária. O incentivo financeiro será feito em sete
parcelas via 16 Regiões de Saúde espalhadas por todo o estado.
PARAÍBA: Regiões de Saúde
10ª Região
11ª Região
12ª Região
13ª Região
14ª Região
15ª Região
16ª Região
1ª Região Mata Atlântica
2ª Região
3ª Região
4ª Região
5ª Região
6ª Região
7ª Região
8ª Região
9ª Região
A iniciativa do Ministério da
Saúde pretende ampliar e fortalecer a assistência prestada à mulher desde a
gravidez até o acompanhamento de crianças recém-nascidas e o cuidado com a
infância. Para chegar a esse objetivo, a principal ação é realizar atendimentos
feitos por médicos pediatras e ginecologistas/obstetras na Atenção Primária à
Saúde (APS). Hoje, a Paraíba possui apenas 10 ginecologistas-obstetras de um
total de 5.350 que atendem na Atenção Primária em todo o país. Além disso,
existem apenas cinco médicos pediatras no estado em um universo de 5.699
espalhados por todo o Brasil.
“As equipes mínimas de Atenção
Primária à Saúde e principalmente de Estratégia de Saúde da Família são
compostas por profissional médico, enfermeiro e técnico de enfermagem. Para que
o cuidado em saúde seja integral, exige essa atenção mais especializada. Na
Atenção Primária à Saúde, a ideia é que a gente reforce não só quantitativa,
mas também qualitativamente. Nos casos mais complexos, onde precisa do
especialista, precisamos ter condição de ofertar o trabalho de
ginecologistas/obstetras e pediatras para toda a rede”, pontua a diretora do
Departamento de Saúde da Família (DESF), Renata Maria de Oliveira Costa.
Para o secretário municipal de
saúde de Carolina (MA), Leonardo de Sousa Coelho, o Cuida Mais Brasil vai
auxiliar a gestão a suprir a necessidade de atendimento pediátrico e
ginecológico/obstétrico em toda região Nordeste. “Em Carolina, como outros
locais aqui da minha região,temos dificuldade para encontrar essas especialidades.
Com o suporte do governo federal, podemos pagar um pouco melhor e o
profissional poderá atender a demanda que a gente tem hoje. É um programa que
chegou em boa hora e que vai nos ajudar e melhorar ainda mais o atendimento a
mulheres e crianças”, salienta.
Taxa de mortalidade acima da
média nacional
A taxa de mortalidade infantil na
Paraíba é de 15,1 óbitos por mil nascidos vivos, acima da média nacional de
13,3 por mil nascidos vivos, segundo os dados mais recentes que datam de 2019.
Com a chegada de mais médicos a cidades de Taperoá (PB), Quixabá (PB), Patos
(PB), Ouro Velho (PB), Pitimbu (PB) e Pombal (PB), por exemplo, a expectativa
das autoridades de saúde é que haja redução de mortes evitáveis. Isso
porque o acompanhamento de casos complexos e o diagnóstico precoce diminuem a
chance de complicações na gravidez, no parto das mulheres e no primeiro ano de
vida das crianças.
“O Cuida Mais Brasil tem esse
olhar de equidade, de podermos ofertar recursos para que nessas áreas onde não
existem esses profissionais, eles possam chegar. Na rede especializada, a
região Norte tem uma carência muito grande”, reconhece Renata Maria de Oliveira
Costa.
Segundo a ginecologista, obstetra
e diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), Lana de
Lourdes Aguiar, a presença mais próxima de especialistas nas Unidades Básicas
de Saúde (UBS) é uma peça que oferece uma sustentação funcional à porta de
entrada do SUS e complementa outras ações de combate à mortalidade materna e
infantil.
“Todos os esforços do Ministério
da Saúde estão focados na aceleração da redução da mortalidade materna.
Estratégias inovadoras, com recursos da Saúde Digital, estão sendo incentivados
para melhoria da qualidade e do acesso às gestantes que enfrentam as barreiras
de acesso comumente encontradas nas áreas remotas do país. O orçamento na
atenção materna e infantil foi duplicado, trazendo para a rede hospitais que
realizavam partos, mas não recebiam nenhum recurso ministerial”,
ressalta.
O Ministério da Saúde esclarece
que há a necessidade de solicitação de adesão para participar do Cuida Mais
Brasil. A definição dos municípios que receberão o incentivo financeiro é feita
pelas Comissões Intergestores Bipartite (CIB), colegiado composto por gestores
estaduais e municipais que estabelece diretrizes e discute aspectos
operacionais da rede pública de saúde. O cálculo de quanto cada Região de Saúde
vai receber considerou o quantitativo populacional estimado pelo IBGE para
2021, o perfil geográfico predominante e a proporção de pediatras e
ginecologistas-obstetras registrados no Sistema de Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (SCNES).
Ao longo de 2022, serão
investidos quase R$ 170 milhões para garantir o cuidado adequado e intensificar
a assistência materno-infantil dentro do SUS, em todas as regiões do país.
Fonte: Brasil 61 –
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