Mais de 65,4 mil famílias paraibanas aguardam na fila de espera pelo Auxílio Brasil.
Levantamento feito pela
Confederação Nacional de Municípios (CNM) sobre a demanda reprimida do Programa
Auxílio Brasil (PAB) indica que em abril deste ano 2,7 milhões de famílias com
perfil para receber os recursos ainda não foram contempladas. Na Paraíba, de
acordo com os dados, esse número chega a 65,4 mil famílias. A fila de espera é
considerada a maior desde novembro de 2021, quando o PAB substituiu o Programa
Bolsa Família (PBF). Para a Federação das Associações de Municípios da Paraíba
(Famup), a fila de espera preocupa pela situação vivida no país com falta de
emprego e inflação alta.
“Essa é uma situação que nos
preocupa, pois são 65,4 mil famílias sem o auxílio, representando um total de
111.635 mil pessoas. É essencial que o Governo Federal encontre uma solução
para esse problema para que essas famílias possam ter ao menos o que comer. Estamos
passando por uma situação difícil no país e o auxílio se torna a única fonte de
renda de muitos paraibanos”, destacou George Coelho, presidente da Famup.
A atualização do levantamento foi
feita com base nos dados divulgados pelo Consulta, Seleção e Extração de
Informações do CadÚnico (Cecad) até o mês de abril deste ano. Em novembro do
ano passado, a demanda reprimida por família chegou a 3,1 milhões. O número
também teve expressivo crescimento em relação a março de 2021, mês anterior à
última atualização do Cecad, ocasião em que o volume de pessoas foi de 1,3
milhão. Quando é levado em conta o cenário por pessoa apta a receber o recurso,
a quantidade também só é superada no período de novembro do ano passado,
ocasião em que 6,3 milhões de cidadãos aguardavam o auxílio ante 5,3 milhões em
abril deste ano.
Segundo o levantamento da CNM, o
aumento de pode ser explicado por alterações na matriz do programa, como
ampliação da renda per capita para definição de extrema pobreza, que passou de
R$ 89,00 para R$ 105,01; e pobreza, que passou de um intervalo de R$ 89,01 a R$
178,00 para R$ 105,01 a R$ 210,00; assim como o benefício composição familiar,
antes concebido no escopo do PBF nos benefícios variáveis, que cobria a faixa
etária de 16 a 17 anos, e com o PAB passa a ser direcionado também a jovens de
18 a 21 anos incompletos.
Um dos dados que pode ajudar a
compreender o crescimento da demanda reprimida foi o número de concessões de
novos benefícios do PAB. De acordo com o levantamento da CNM, foram 41.196
novos beneficiários em abril de 2022, o segundo menor desde março do mesmo ano,
quando o número chegou a 4.336. Já a maior ocorreu no mês de janeiro, com 3.046.911.
Assessoria de Imprensa
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