MONKEYPOX: Ministério da Saúde é notificado do primeiro caso de varíola dos macacos em animal doméstico.
![]() |
Reprodução |
O Ministério da Saúde foi
notificado do primeiro caso confirmado de varíola dos macacos, também conhecida
como monkeypox, em animal doméstico. O caso aconteceu em Juiz de Fora/MG. A
confirmação foi feita pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED), que notificou o Centro
de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (CIEVS
Minas).
Trata-se de um filhote de
cachorro de 5 meses que conviveu no mesmo ambiente e teve contato com um caso
humano confirmado para a doença. O animal teve início de sintomas no dia 13 de
agosto, iniciou com prurido (coceira), apresentando lesões e crostas
localizadas em dorso e pescoço.
A Secretaria de Saúde do Estado
de Minas Gerais orientou à Secretaria de Saúde Municipal de Juiz de Fora o
isolamento do animal e desinfecção do local com água sanitária. Também foi
orientado que, sempre que o proprietário precisasse entrar em contato com o
animal (para alimentação e higiene do local), que utilizasse luvas, máscara,
blusa de manga comprida e calça (proteção da pele).
No Brasil, até agora, não havia
evidência documentada de transmissão da doença do ser humano para animais. No
entanto, diante das últimas notificações, esse tipo de transmissão está sendo
estudada. Existem dois relatos no mundo, sobre a infecção ter sido adquirida
através de transmissão humana: nos Estados Unidos e na França.
Prevenção e controle
As pessoas infectadas por varíola
dos macacos devem evitar contato com animais, incluindo animais de estimação,
para evitar a propagação do vírus. A transmissão geralmente ocorre através do
contato próximo com as lesões, fluidos corporais e gotículas respiratórias de
pessoas ou animais infectados, sendo possível desde o início dos primeiros
sintomas até que as cicatrizes se separem e a pele tenha se curado totalmente.
Se seu animal for exposto à
varíola dos macacos:
>Não abandone animais de
estimação; a eutanásia também não é recomendada por causa de uma exposição
potencial ao vírus monkeypox;
>Não limpe ou banhe o animal
de estimação com desinfetantes químicos, como álcool 70%, lenços de limpeza,
produtos industriais ou de superfícies;
>Não coloque máscara no animal
de estimação;
>Evite que o animal lamba as
erupções cutâneas ou mucosas; utilize colar pós-operatório;
>Utilize água corrente ou soro
fisiológico, se disponível, molhado na gaze para limpeza das feridas e seque
para evitar infecção;
>Não utilize tratamentos, como
medicamentos, sem prévia consulta de médico veterinário;
>Separe o animal doente de
outros para minimizar o contato direto, por pelo menos 21 dias após o
adoecimento ou até se recuperar totalmente;
>Evite o contato com pessoas
imunosuprimidas, grávidas, pessoas que tenham filhos pequenos presentes
(menores de 8 anos de idade), ou com histórico de dermatite atópica ou eczema,
pois podem estar em risco aumentado de desfechos graves da doença; estes não
devem prestar cuidados a animais doentes;
>Roupas de caminhas, recintos,
pratos de alimentos e quaisquer outros itens em contato direto com animais
infectados devem ser devidamente desinfetados previamente com água sanitária
por 30 minutos e lavados com água corrente e sabão;
>Os resíduos dos animais devem
ser descartados em:
>Se for o caso de sistema de
encanamento, jogue resíduos de animais no vaso sanitário;
>Não deixe ou descarte
resíduos ao ar livre;
>Use uma lata de lixo dedicada
e forrada para todos os resíduos potencialmente contaminados.
Para cuidar do animal doente, use
equipamentos de proteção individual (EPI), como avental, óculos, luvas e
máscaras cirúrgicas/N95, se disponível, ou blusa de manga comprida e calça
(proteção da pele). Após o cuidado com animal, lave as mãos. Todos os resíduos,
incluindo resíduos médicos, precisam ser descartados de maneira segura e não
acessíveis a roedores e outros animais.
Se o dono estiver contaminado,
deve pedir a amigos ou familiares que moram em casa separadas para o cuidado do
animal, até que se recupere totalmente. Depois que a pessoa estiver recuperada,
desinfete a casa antes de trazer animais saudáveis de volta.
Como os casos em animais
domésticos ainda não estão amplamente divulgados, consulte um médico
veterinário para orientações de medicamentos e tratamento.
Notificação
Os casos suspeitos de animais
expostos à monkeypox devem ser notificados ao Ministério da Saúde e Secretarias
de Saúde locais, imediatamente. Os canais de comunicação do Ministério da Saúde
funcionam ininterruptamente:
• E-mail: notifica@saude.gov.br
• Telefone: 0800.644.66.45
Por Ministério da Saúde
Nenhum comentário