BC tem R$ 4,6 bilhões esquecidos em bancos. Dinheiro será devolvido.
Imagem Ilustrativa - Reprodução/Internet
Sistema de Valores a Receber
ainda não tem data para reabrir
Interrompido desde meados de
abril, o Sistema Valores a Receber (SVR) ainda tem R$ 4,6 bilhões esquecidos em
instituições financeiras para serem devolvidos, divulgou nesta quinta-feira
(8), em Brasília, o Banco Central (BC). Desse total, estão destinados R$ 3,6
bilhões a 32 milhões de pessoas físicas e R$ 1 bilhão a 2 milhões de empresas.
O BC também anunciou que
voltará a receber dados das instituições em janeiro. A data de reabertura das
consultas ao SVR ainda não está definida. No entanto, o órgão esclarece que uma
instrução normativa editada em novembro obriga as instituições a encaminharem à
autoridade monetária informações de valores esquecidos.
As instituições repassarão
ao BC três tipos de valores esquecidos por correntistas:
• contas de pagamento
pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
• contas de registro
mantidas por sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e por
sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários para registro de
operações de clientes encerradas com saldo disponível; e
• outras situações que
ensejam valores a devolver reconhecidas pelas instituições.
Novidades
Segundo o Banco Central, os
dados recebidos das instituições financeiras serão processados e oferecidos aos
correntistas assim que o SVR for reaberto. O órgão informou que também trabalha
em melhorias no sistema, como a inclusão de novos tipos de valores e o saque
por herdeiros e representantes legais de falecidos.
Assim que o sistema for
reaberto, informou o BC, herdeiros, testamentários, inventariantes ou
representantes legais da pessoa falecida poderão consultar a existência de
valores esquecidos e receberem instruções sobre como resgatar o dinheiro. Eles
terão de aceitar um termo de responsabilidade antes de fazer a consulta.
A abertura do SVR a pessoas
falecidas chegou a ser anunciada pelo BC no início do ano, mas foi paralisada
por causa da greve no órgão, que durou de abril a julho.
Outra novidade será a adoção
de uma fila de espera virtual para acessar o SVR. A ferramenta substituirá a
lógica de acesso programado (com dia e hora definidos) que vigorou na primeira
versão do sistema.
Valor total
Atualmente, os valores
esquecidos no sistema financeiro estão distribuídos nas seguintes faixas: 23,58
milhões de correntistas (68%) até R$ 10; 7,94 milhões (23%) entre R$ 10,01 e R$
100; 2,86 milhões (8%) de R$ 100,01 e R$ 1 mil; e 476,5 mil (1%) acima de R$ 1
mil. Com o reenvio dos dados pelas instituições financeiras, o estoque de R$
4,6 bilhões a serem devolvidos pode aumentar.
A devolução de valores
esquecidos ocorreu de fevereiro a abril deste ano. Nesse período, informou o
BC, as instituições devolveram R$ 2,36 bilhões para 7,2 milhões de pessoas
físicas e 300 mil pessoas jurídicas.
Desse total, R$ 321 milhões
foram devolvidos via PIX a 3,7 milhões de beneficiários que clicaram
diretamente no sistema para pedir os valores. O restante foi devolvido por meio
de contato do beneficiário com a instituição (telefone, e-mail, ida à agência
ou outros canais de atendimento).
Inicialmente, estava
prevista uma segunda fase de consultas e saques no SVR para maio. Essa etapa
incluiria mais fontes de recursos esquecidos, como cobranças indevidas de
tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso, contas
de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas e contas encerradas em corretoras e
distribuidoras. No entanto, o processo foi interrompido por causa da greve dos
servidores do BC, que durou três meses e paralisou o desenvolvimento de
projetos dentro do órgão.
Por Agência Brasil
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