Líderes mundiais condenam de forma unânime os atos criminosos contra a democracia.
Principais democracias do
mundo e presidentes latino-americanos repudiam em conjunto as invasões do
Palácio do Planalto, Congresso e STF.
Líderes das principais
democracias do mundo e a maioria dos presidentes dos países latino-americanos
condenaram em bloco os atos criminosos contra a democracia brasileira ocorridos
neste domingo (8).
Representantes da União
Europeia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Espanha, entre outros países,
criticaram fortemente as invasões dos prédios do Palácio do Planalto, do
Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na América Latina, governos
tanto de esquerda como de direita também reagiram logo depois das invasões.
Eles também expressaram apoio à democracia brasileira e ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
O presidente francês,
Emmanuel Macron, disse que “a vontade do povo brasileiro e das instituições
democráticas deve ser respeitada! O Presidente Lula pode contar com o apoio
inabalável da França”.
Estados Unidos apoiam Lula e
a democracia
Duas altas autoridades do
governo americano também se posicionaram. O secretário de Estado Antony Blinken
disse que “usar a violência para atacar as instituições democráticas é sempre
inaceitável. Nós nos juntamos ao presidente Lula pedindo o fim imediato dessas
ações.
Jack Sullivan, o Assessor de
Segurança Nacional do presidente Joe Biden, afirmou que “os Estados Unidos
condenam qualquer esforço para minar a democracia no Brasil. O presidente Biden
está acompanhando a situação de perto e nosso apoio às instituições
democráticas do Brasil é inabalável. A democracia brasileira não será abalada
pela violência.”
A União Europeia se
manifestou através do seu Representante para Assuntos Externos, Josep Borrell,
o principal diplomata do bloco, que disse que estava seguindo “com grande
preocupação os atos antidemocráticos e as ações violentas na Praça dos Três
Poderes. Todo o nosso apoio às instituições brasileiras.”
Pedro Sanchez, primeiro
ministro da Espanha, ofereceu todo o “apoio ao presidente Lula e às
instituições eleitas livre e democraticamente pelo povo brasileiro. Condenamos
veementemente o assalto ao Congresso brasileiro e pedimos o retorno imediato à
normalidade democrática”.
As principais embaixadas
estrangeiras em Brasília monitoraram as ações e trocaram informações entre si,
numa ação para reforçar a defesa da democracia no Brasil.
Algumas delas soltaram
notas, como foi o caso da embaixada do Reino Unido. A embaixadora Stephanie Al
Qaq afirmou em sua nota que o Reino Unido condena “as violentas cenas de ataque
às instituições hoje em Brasília. Reafirmamos nossa confiança na força da
democracia do Brasil e no bom funcionamento de seu processo democrático”.
Líderes latino-americanos
Os presidentes dos
principais países latino-americanos também reagiram com firmeza contra os
atentados contra a democracia brasileira. Alguns se referiram a uma tentativa
de golpe de estado em curso.
O peronista Alberto
Fernández, presidente da Argentina e amigo pessoal de Lula, disse que “aqueles
que tentam desrespeitar a vontade da maioria ameaçam a democracia e merecem não
só a sanção legal correspondente, mas também a rejeição absoluta da comunidade
internacional”. Ele continuou: “quero expressar meu repúdio ao que está
acontecendo em Brasília. Meu apoio incondicional e do povo argentino para o
presidente Lula frente a este intento de golpe de Estado que está enfrentando”.
Andrés Manuel Lopez Obrador,
presidente do México, também se referiu a “uma tentativa de golpe” que teriam
sido “incentivados pelas lideranças do poder oligárquico, seus porta-vozes e
fanáticos. Lula não está sozinho, tem o apoio das forças progressistas de seu
país, do México, do continente americano e do mundo”.
A Comunidade de Estados
Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), entidade à qual o Brasil voltou a fazer
parte na semana passada, manifestou “o seu apoio ao governo de Lula, eleito
pelo povo brasileiro, e repudia ações violentas contra as instituições
democráticas brasileiras”.
O centro-direitista Luis
Lacalle Pou, presidente to Uruguai, afirmou que o seu governo lamenta e condena
as ações que “ameaçam a democracia e as instituições”.
O conservador Mario Abdo,
presidente do Paraguai, disse que estava “acompanhando com preocupação os
acontecimentos que estão ocorrendo no Brasil. O caminho deve ser sempre o
respeito às instituições, a democracia, a liberdade e a não violência”.
O líder da Venezuela,
Nicolás Maduro, disse que rejeitava “categoricamente a violência gerada pelos
grupos neofascistas de Bolsonaro que têm agredido as instituições democráticas
do Brasil. Nosso apoio a Lula e ao povo brasileiro que com certeza se
mobilizará em defesa da Paz e de seu presidente”.
O esquerdista Gustavo Petro,
presidente da Colômbia, cobrou uma ação regional. Ele escreveu em suas redes
sociais: “toda minha solidariedade a Lula e o povo do Brasil. O fascismo decide
atacar. As direitas não têm conseguido manter o pacto de não-violência. É hora
urgente da reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) se ela quiser
continuar vivendo como instituição e aplicar a carta democrática.”
Luís Almagro, secretário
geral da OEA, reagiu e também “condenou o ataque às instituições em Brasília,
que constitui uma ação condenável e um ataque direto à democracia. Essas ações
são indesculpáveis e de natureza fascista.
Gabriel Boric, o presidente
do Chile, no momento sobre grande pressão política e com a popularidade em
baixa, disse que “o governo brasileiro tem todo o nosso apoio diante desse
covarde e vil ataque à democracia.”
O ex-presidente da Bolívia,
Evo Morales, conclamou a comunidade internacional, organismos multilaterais e
governos democráticos a formar um bloco único em defesa da democracia no
Brasil. “O golpe não vai passar. A democracia prevalecerá. Todo nosso apoio ao
irmão Lula”, disse ele.
CNN
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