Paraíba receberá R$ 112 milhões para merenda escolar, após reajuste de 27,9%
Imagem Ilustrativa - Reprodução/Internet
Recursos destinados à Região
Nordeste superam R$ 1,68 bilhão. Com reajuste médio de
36%, orçamento do Programa Nacional de Alimentação Escolar para 2023 salta de R$
4 bilhões para R$ 5,5 bilhões.
O repasse do Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE) à Paraíba foi reajustado pelo Governo Federal em
27,9% em relação ao montante pago em 2022. Este ano, o estado receberá R$
112,8 milhões. A ampliação dos recursos para todo o Brasil tem o intuito de
melhorar a qualidade das refeições servidas nas escolas.
O orçamento geral do PNAE salta
de R$
4 bilhões para cerca de R$ 5,5 bilhões em 2023, o que assegura
refeições mais saudáveis oferecidas de Norte a Sul para um público de cerca de
40 milhões de estudantes.
No geral, o reajuste médio
aplicado em todas as 27 Unidades da Federação é de 36%. Há casos, como o do
Distrito Federal, Roraima, Sergipe, Piauí e Maranhão, em que o percentual
supera a média nacional. A Bahia, onde moram 26% dos nordestinos, terá repasse
de R$
383 milhões (31,7% de reajuste), o maior entre os estados nordestinos.
“Todos os estados brasileiros e mais o
Distrito Federal serão contemplados com aumento de recursos. No Distrito
Federal, por exemplo, o aumento supera os 50%. Estados como Sergipe, Roraima,
Piauí e Maranhão conseguiram aumento superior a 40%, quando comparamos com os
recursos previstos para 2022. Estamos falando de comida de qualidade, essencial
para o desenvolvimento das nossas crianças e jovens de todo o país”, ressaltou
o ministro da Educação, Camilo Santana.
OUTRAS REGIÕES -- Puxada por São
Paulo, estado com maior valor de repasse do PNAE, com mais de R$
1,18 bilhão, a Região Sudeste é a que mais verba receberá após a recomposição
dos valores do programa. Ao todo, serão mais de R$ 2,12
bilhões destinados aos municípios paulistas, mineiros, fluminenses e capixabas.
A média de reajuste para os quatro estados é de 36,9%.
O Nordeste é a segunda região com
mais repasses, com R$ 1,68 bilhão assegurado (o que equivale a um aumento médio
de 36,4%). Em seguida, aparece a Região Sul, com reajuste médio de 38,6% e valores
da ordem de R$ 717,9 milhões. O Paraná, que teve uma recomposição de
38,5%, receberá mais de R$ 280,4 milhões e lidera entre os
estados sulistas.
Na sequência vem a Região Norte,
com R$
546,6 milhões em repasses e uma média de reajuste de 34,9%. O Pará lidera o
recebimento de recursos, com mais de R$ 243,9 milhões. Já para o
Centro-Oeste, que teve um reajuste médio de 39,9%, serão destinados R$
402,9 milhões. Goiás, com R$ 162 milhões, é o líder entre os
quatro representantes da região.
FNDE, BOLSAS E SALÁRIOS -- Desde
a posse do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro
de 2023, uma série de medidas têm sido tomadas no sentido de recompor o sistema
educacional no país. Além do PNAE, o Governo Federal tem ampliado os investimentos
no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em menos de três
meses, o valor já iguala o repasse feito durante todo o ano de 2022.
Nesta semana, o Ministério da
Educação (MEC) oficializou um segundo aporte de R$ 350
milhões para obras e equipamentos. Em fevereiro, haviam sido repassados outros
R$
256,7 milhões. No total, são R$ 604 milhões em dois meses e meio
para o FNDE, valor equivalente a tudo o que foi repassado para o Fundo no ano
de 2022 inteiro: R$ 607 milhões.
“Essa segunda parcela vai ajudar estados
e municípios a finalizar equipamentos importantes para os nossos estudantes”,
afirmou Camilo Santana. Os recursos são voltados à retomada de obras. Segundo
estimativa do MEC, são 2,6 mil inacabadas e 918 paralisadas, especialmente em
creches e escolas em 833 municípios de todas as Unidades Federativas. Os
investimentos também se destinam à construção e cobertura de quadras esportivas
no ambiente escolar.
Outras medidas já anunciadas pelo
Governo Federal incluem o reajuste no piso salarial de professores da educação
básica, que passou de R$ 3.845,63 para R$
4.420,55, após um aumento de quase 15%, além de reajustes e recomposição de
bolsas de estudo, pesquisa e formação de professores.
As bolsas de mestrado e
doutorado, que não eram reajustadas desde 2013, foram aumentadas em 40%. O
valor sai de R$ 1.500 para R$ 2.100. No doutorado, o valor passa
de R$
2.200 para R$ 3.100. Para as bolsas de pós-doutorado, o acréscimo é de
25%, saltando de R$ 4.100 para R$ 5.200.
Bolsas para formação de
professores da educação básica, por sua vez, foram reajustadas entre 40% e 75%.
Em 2023, serão 125,7 mil bolsas para aperfeiçoamento de professores.
Atualmente, os repasses variam de R$ 400 a R$
1.500. Já os alunos de iniciação científica no ensino médio também vão se
beneficiar. Serão 53 mil bolsas para que jovens estudantes se dediquem à
pesquisa e produção de ciência, que vão passar de R$ 100
para R$ 300.
Destinada a estudantes com baixa
renda (em especial, indígenas e quilombolas) e beneficiários do ProUni, a Bolsa
Permanência terá o primeiro reajuste desde que foi criada, em 2013. Os
percentuais de acréscimo variam de 55% a 75%. Os valores atuais são de R$
400 a R$ 900.
No dia 19 de janeiro, com menos
de três semanas após ter tomado posse, o presidente Lula reuniu-se com dezenas
de reitores de universidades e institutos federais para marcar a retomada dos
encontros anuais com representantes das entidades de ensino superior.
“O encontro com reitores é o encontro da
civilização”, defendeu Lula à época. “Nunca consegui compreender a dificuldade
que um presidente tinha de se encontrar com reitores uma vez por ano. A única
explicação é o medo de que fariam reivindicações”, pontuou o presidente.
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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