Teto do crédito consignado do INSS sobe para 1,97% ao mês.
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Imagem ilustrativa - Reprodução/Internet |
Os aposentados e pensionistas do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão tomar crédito consignado com
juros de até 1,97% ao mês. Para a modalidade via cartão de crédito, a taxa
máxima corresponderá a 2,89% ao mês.
Os valores foram definidos pelo
Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), em reunião nesta terça-feira
(28) à tarde e são maiores que os limites aprovados no início do mês, de 1,7%
ao mês para o crédito consignado e 2,62% ao mês para a modalidade via cartão de
crédito.
Os valores foram decididos pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que arbitrou o impasse entre os
Ministérios da Previdência Social e da Fazenda. A primeira pasta defendia um
teto de 1,87% ao mês, equivalente ao cobrado pela Caixa Econômica Federal antes
da suspensão do crédito consignado para os aposentados e pensionistas. A
Fazenda defendia um limite de 1,99% ao mês, que permite ao Banco do Brasil, que
cobrava taxa de 1,95% ao mês, retomar a concessão de empréstimos.
Decidida no início do mês para
beneficiar aposentados e pensionistas com taxas mais baixas, a redução do teto
do consignado para o INSS gerou polêmica. Os bancos suspenderam a oferta,
alegando que a medida provocava desequilíbrios nas instituições financeiras.
Sob protesto das centrais sindicais, o Banco do Brasil e a Caixa também
deixaram de conceder os empréstimos porque o teto de 1,7% ao mês era inferior
ao cobrado pelas instituições.
Com o novo limite de 1,97% ao
mês, 18 das 39 instituições financeiras que operavam o crédito consignado para
o INSS poderão retomar os empréstimos. Segundo o CNPS, os novos tetos serão
reavaliados em até 30 dias a pedido do presidente Lula.
Divergências
A aprovação dos novos tetos não
foi unânime. Após discussões no plenário, os valores finais foram modulados a
partir da alta de 0,27 ponto percentual para ambas as taxas. Os membros do
governo, aposentados e trabalhadores aprovaram o novo limite. Os representantes
dos bancos se abstiveram, e o Sindicato Nacional de Aposentados, Pensionistas e
Idosos (Sindnapi), que defendia teto de 1,9% ao mês, votou contra.
Em pronunciamento, o ministro da
Previdência, Carlos Lupi, afirmou que a decisão do CNPS do início do mês
estimulou o debate em torno dos juros cobrados nas operações financeiras no
Brasil. “Levantamos a discussão sobre algo que estava obscura e jogamos luz. A
partir desse princípio, tivemos várias reuniões com equipes do governo para
definir a taxa”, comentou o ministro, que reforçou a importância dos bancos
públicos na promoção do progresso social.
Agência Brasil
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