ATENÇÃO PRIMÁRIA: Com novas especialidades, Ministério da Saúde retoma investimento em equipes multiprofissionais em todo Brasil.
Serão destinados mais de R$ 870 milhões para estados e
municípios custearem as equipes em 2023. A eMulti ampliará o acesso à saúde
para mais de 85 milhões de brasileiros na Atenção Primária.
O cuidado multiprofissional na Atenção Primária à Saúde,
principal porta de entrada do SUS, volta a ser prioridade do Ministério da
Saúde. Com investimento de mais de R$ 870 milhões em 2023, a pasta retoma o
custeio de equipes compostas por profissionais de saúde de diferentes áreas
como nutricionistas, fisioterapeutas, pediatras, psicólogos, ginecologistas e
farmacêuticos. A eMulti, lançada nesta segunda-feira (22), fortalece o cuidado
multidisciplinar com o aumento do valor do repasse aos estados e municípios
para o custeio das equipes e novas especialidades, com a inclusão de
cardiologistas, dermatologistas, endocrinologistas, infectologistas e
hansenologistas. Assim, o Governo Federal amplia o acesso à saúde, à prevenção
de doenças e diagnósticos para mais de 85 milhões de brasileiros.
Esse atendimento era garantido pelo Núcleo de Apoio à Saúde
(Nasf), criado em 2008, mas foi desmontado pela última gestão. A falta de
financiamento do último governo para que estados e municípios pudessem manter
as equipes organizadas e funcionando causou desassistência, principalmente nas
regiões mais vulneráveis do Brasil. Com a reconstrução e reformulação dessa
estratégia, agora chamada de eMulti, a expectativa é que 4 mil equipes
multiprofissionais voltem a se organizar e prestar esse atendimento em todo
país.
"O eMulti retoma, inova e fortalece o cuidado
multiprofissional na Atenção Primária, a partir da experiência do Nasf que era
parte estruturante do SUS. Essa retomada é uma das prioridades para saúde no
governo do presidente Lula, além de ter sido uma demanda de gestores municipais
e estaduais. Estamos reconstruindo a assistência, o cuidado integral,
resgatando o acesso à saúde dos brasileiros", reforçou o secretário-executivo
do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa.
A retomada das equipes multiprofissionais é fundamental para
assegurar o cuidado integral da população, aumentando a resolutividade dos
problemas de saúde na Atenção Primária, já que os brasileiros terão acesso aos
atendimentos especializados nas Unidades Básicas de Saúde.
“Estamos criando teias de cuidado, microrredes territoriais,
otimizando estruturas e simplificando a organização e o acesso no SUS. Essa
estratégia se reproduz em pequenos, médios e grandes municípios, pois a base é
o território mínimo de um conjunto de equipes de saúde da família. Onde houver
uma ou mais equipes de saúde da família, poderemos ter uma equipe
multiprofissional vinculada. O desenho é adaptável a diversas dimensões e irá
transformar o território do município num espaço de cuidado integral à saúde do
povo”, destacou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes.
De acordo com a portaria publicada nesta segunda (22), que
estabelece as diretrizes para custeio e implantação das equipes, as eMulti
serão classificadas em 3 modalidades de acordo com a carga horária, vinculação
e composição profissional. Os repasses mensais do Ministério da Saúde para
custeio dessas equipes variam entre R$ 12 mil e R$ 36 mil. O custeio também
poderá variar de acordo com indicadores de desempenho de cada localidade.
Muitos municípios, mesmo com a desestruturação dessa
estratégia no último governo, mantiveram as equipes multiprofissionais
funcionando. Agora, com a retomada do investimento, essas equipes poderão ser
reorganizadas.
👉Confira os profissionais que poderão ser incluídos nas
equipes:
Arte educador
Assistente social
Farmacêutico clínico
Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo
Médico Acupunturista
Médico Cardiologista
Médico Dermatologista
Médico Endocrinologista
Médico Geriatra
Médico Ginecologista/Obstetra
Médico Hansenologista
Médico Homeopata
Médico Infectologista
Médico Pediatra
Médico Psiquiatra
Médico Veterinário
Nutricionista
Profissional de Ed. Física na Saúde
Psicólogo
Sanitarista
Terapeuta Ocupacional
Fonte: Ministério da Saúde
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