Saúde divulga novo boletim semanal e reforça cuidados com síndromes respiratórias.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta
segunda-feira (26), o Boletim Epidemiológico semanal de síndromes
respiratórias, com dados atualizados dos agravos no estado neste ano até o dia
24 de junho. A publicação aponta que, no período, a Paraíba totaliza 2.085
registros de casos graves – a maioria dos registros ocorreu na região de
Monteiro e na grande João Pessoa.
Na Paraíba, dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave
(SRAG), prevalece a detecção dos vírus Sincicial (VSR) e Influenza B. Dos 2.085
casos notificados, 688 casos foram confirmados em exames de RT-PCR que deram
positivo para síndrome respiratória, com predominância geral na faixa etária
menor de 1 ano, com 335 registros, sendo 311 para VRS.
Até o momento, 45 vidas foram perdidas para as síndromes
respiratórias não covid. Deste total, 24 tinham entre 3 dias e 9 anos de idade
e ocorreram nos municípios de João Pessoa (6); Monteiro (2); Sapé (2); Sousa
(2); Alagoa Grande (1); Cabedelo (1); Conde (1); Cuité de Mamanguape (1); Livramento
(1); Marcação (1); Quixaba (1); Santa Luzia (1); Santa Rita (1); São José da
Lagoa Tapada (1); Solânea (1) e Tacima (1). A Paraíba possui três óbitos em
investigação.
A SES reforça que o registro dos casos suspeitos de SRAG deve
ser realizado por todos os estabelecimentos de saúde que atendem os pacientes
hospitalizados e alerta que este é o período sazonal para vírus respiratórios.
Em caso de sintomas, mesmo que leves, a população deve procurar uma assistência
médica para ser orientada quanto aos cuidados necessários, a princípio na
Unidade Básica de Saúde.
O secretário de Saúde, Jhony Bezerra, destaca que a população
deve adotar as medidas preventivas que já são conhecidas. “O distanciamento
social, a higiene das mãos e o uso de máscaras são ações que protegem contra
todas as doenças respiratórias. Além disso, para proteger as crianças, é
importante higienizar os brinquedos e manter os pequenos longe de pessoas
doentes. Em caso de sintomas, a criança não deve ir à escola até que eles
desapareçam e é importante procurar uma unidade de saúde para que o manejo
clínico seja adequado”, afirma.
De acordo com Jhony Bezerra o monitoramento de casos
agravados, que necessitam de um atendimento hospitalar, vem sendo intensificado
para identificar e acompanhar o cenário epidemiológico. "É por meio desta
vigilância que podemos analisar a letalidade dos vírus, conhecer os que possuem
circulação predominante em nosso estado e com estes dados podemos melhorar a
assistência ofertada à população", ressalta.
Além da identificação, o secretário reforça ainda a
importância de a população se manter protegida contra a forma grave das doenças
respiratórias por meio da vacina. “É importante manter cartão vacinal
atualizado com a vacina contra Influenza, que previne contra tipo A e B, além
da vacina contra Covid-19. Os municípios estão abastecidos e vêm lançando mão
de estratégias para melhorar o acesso da população aos imunizantes. Nós estamos
constantemente fazendo esse chamamento para que possamos salvar mais vidas. As
vacinas são seguras e podem proteger a parcela mais vulnerável da população que
são as crianças e os idosos”, finaliza o secretário.
Até o momento, a vacinação contra influenza atingiu 84,46% de
cobertura nos públicos prioritários. O público infantil (crianças de 6 meses a
menores de 6 anos) registrou a aplicação de 255.248 doses e tem cobertura de
81,74% do público alvo, que é de 312.277 crianças. Em relação aos idosos com
mais de 60 anos, o percentual de cobertura alcançado foi de 83,51%, com 481.554
doses. Apesar dos números estarem subindo, ainda é preciso vacinar uma grande
parte da população para atingir a meta de 95% de vacinação contra a gripe.
Secom PB
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