CRMV-PB recomenda que Paraíba mantenha exigência de teste para mormo em cavalos.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba
(CRMV-PB) se posicionou contra a eliminação da exigência de exames de mormo
para a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) para equídeos.
O presidente da entidade de classe, José Cecílio, se reuniu
com representantes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e
da Pesca e defendeu que no Estado a exigência seja mantida, uma vez que a
região Nordeste ainda apresenta casos da doença. Também participaram da
conversa a Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa) e a
Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ).
A mudança veio através da Portaria 593 do Ministério da
Agricultura e Pecuária (Mapa) que traz a nova legislação sobre a doença, dentro
do âmbito do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos (PNSE). A nova norma
altera e revoga artigos da Instrução Normativa nº 06/2018.
José Cecílio, que é veterinário de animais de grande porte,
explicou que com a resolução não será mais necessária a realização de testagem
de animais sem sintomas que estiverem em trânsito para participação em eventos.
“Primeiro é bom destacar que não existe tratamento nem vacina para mormo. Um ponto que agrava o problema, é que podemos ter casos assintomáticos e isso representa um perigo para a região Nordeste que tem focos da doença, colocando em risco a saúde dos animais, a saúde humana e a realização de eventos agropecuários, interferindo no emprego e na renda de muitas pessoas”, destacou.
Recomendações - O CRMV-PB recomenda que a Paraíba mantenha a
testagem e a obrigatoriedade do exame negativo para mormo, tanto para o
trânsito quanto para a participação em eventos de equinos.
A entidade recomenda a realização de ações educativas e a
adoção de algumas medidas como comprar animais com exames negativos para mormo,
realizar quarentena de animais recém-chegados, fazer exames periódicos e só
participar de evento fiscalizado.
Sobre a doença - O mormo, popularmente conhecido como
lamparão ou farcinose, é uma doença fatal e contagiosa que atinge os equídeos
(cavalos, mulas, burros e jumentos), causada por bactéria. É considerado uma
zoonose, ou seja, pode ser transmitido ao ser humano.
Os sintomas incluem febre, tosse e corrimento nasal, além de
prostração e dispnéia. Na fase final da doença, a broncopneumonia leva o animal
à morte por insuficiência respiratória.
A transmissão acontece pelo contato entre animais, ingestão
de água e alimentos contaminados, inalação ou contato com materiais
contaminados, como freio, bebedouro, comedouro, entre outros.
Assessoria
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