MIDR e governos de Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte celebram acordo para gestão sustentável da transposição do São Francisco.
Registro do encontro - Foto: Carlos Gibaja/Governo do Ceará
Governos Federal e dos
estados se comprometeram a implantar novo modelo de gestão que garanta
sustentabilidade e os investimentos necessários para que a transposição alcance
todo o potencial e seja indutora do desenvolvimento sustentável e inclusivo no
semiárido nordestino.
O Governo Federal, por meio
do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), e os governos
dos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte celebraram,
nesta sexta-feira (4), em João Pessoa (PB), um acordo interfederativo para
garantir a operação, de forma sustentável, do Projeto de Integração do Rio São
Francisco.
O acordo marca o compromisso
do Governo Federal e dos quatro estados na implantação de um novo modelo de
gestão que garanta sustentabilidade e os investimentos necessários para que a
transposição do São Francisco possa alcançar todo o seu potencial e ser um
indutor do desenvolvimento sustentável e inclusivo no semiárido nordestino. A
União e os estados beneficiados se comprometeram a firmar os contratos até
março de 2024, a fim de dar início à operação comercial.
“Este é um momento
histórico, porque, para o presidente Lula, sempre foi prioridade garantir água
e comida para as pessoas das mais diferentes regiões do país, e com o Nordeste
não é diferente”, destacou o ministro da Integração e do Desenvolvimento
Regional, Waldez Góes. “É um desafio avançar na transposição e na governança da
gestão e sustentabilidade de tudo o que já foi investido e que será investido a
partir do novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), que o presidente
lançará no dia 11 e terá uma carteira de obras de segurança hídrica e
revitalização de bacias para impactar positivamente todo o Nordeste
brasileiro”, destacou o ministro Waldez Góes.
“O Governo Federal tem
vários compromissos nesse pacto, de acordo com as prioridades dos governos
estaduais, e estão entre eles várias obras complementares ao Projeto de
Integração do Rio São Francisco, como o Ramal do Piancó, na Paraíba, a primeira
e a segunda etapa da Adutora do Agreste Pernambucano e o Ramal do Apodi, que
atenderá os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará”, afirmou Góes.
“Temos, inclusive, um contrato com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) para que ele faça um contrato de uma Pareceria Público Privada
(PPP) patrocinada, com o Governo Federal participando, visando o aumento do
bombeamento nos eixos norte e leste”, completou o ministro.
O governador da Paraíba,
João Azevêdo, ressaltou que o acordo assinado nesta sexta-feira vai garantir a
sustentabilidade do sistema daqui para a frente. “Vai garantir o futuro desse
projeto, além das obras complementares, que são fundamentais para que o sistema
como um todo funcione. O Rio Grande do Norte precisa do Ramal do Apodi.
Pernambuco precisa da Adutora do Agreste. A Paraíba precisa do Ramal do Piancó
e o Ceará, do Ramal do Salgado. Essas obras estão sendo garantidas por meio
desse termo que assinamos hoje e desse contrato que iremos assinar em março do
próximo ano. As águas do São Francisco já estão chegando e temos que fazer bom
uso dela”, declarou.
Para a governadora do Rio
Grande do Norte, Fátima Bezerra, o acordo é motivo de comemoração. “Este é um
momento histórico, de muita celebração, pois isso significa água, dignidade e
cidadania para mais de 12 milhões de pessoas em 390 cidades no Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco e Ceará. É um sonho antigo para quem vive no nosso
semiárido. É segurança hídrica e desenvolvimento econômico para a população. A
palavra de hoje é gratidão, tanto ao presidente Lula, que tão de perto conhece
essa realidade, quanto ao ministro Waldez Góes”, enfatizou.
“Este acordo é uma mudança
de paradigma que a gente não consegue nem imaginar quando a transposição
estiver em plena operação. Poderemos ter água para a sobrevivência humana e
começar a pensar em gerar renda, combater a fome e trazer novos negócios para
um estado inteiro”, enalteceu a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra.
“Quero ressaltar a
importância do ministro Waldez neste momento por ele ser tão capacitado em promover
diálogo. A partir daí, conseguimos chegar a entendimentos e isso está sendo
concretizado hoje. E uma obra tão grandiosa e importante como a transposição do
Rio São Francisco exige toda essa capacidade de ouvir e propor soluções. E quem
ganha com tudo isso, na verdade, são as pessoas que sofrem tanto com a ausência
de água para consumo e para produção”, apontou o governador do Ceará, Elmano de
Freitas.
Acordo
Segundo o acordo, a União
será responsável por prestar, de forma adequada, os serviços de operação,
manutenção e fornecimento de água bruta da transposição aos quatro estados
beneficiários, seja por meio de entidade estatal devidamente estruturada ou por
concessão.
Além disso, o Governo
Federal deverá apoiar, por meio dos órgãos regionais de fomento, ações de
setores produtivos das áreas beneficiadas pelo Projeto de Integração do Rio São
Francisco, observada a sustentabilidade do projeto e a utilização racional dos
recursos hídricos.
As unidades federativas
serão responsáveis por arcar com as tarifas relativas à prestação do serviço de
adução de água bruta do Projeto São Francisco, emitidas pela Agência Nacional
de Águas e Saneamento Básico (ANA). Os recursos necessários para o pagamento
devem estar previstos nas legislações orçamentárias estaduais a partir de 2024.
Também caberá aos estados e
obrigação de suportar integralmente os custos de operação e manutenção de
canais e adutoras que sejam conectadas aos Eixos Norte e Leste do Projeto São
Francisco e que beneficiem apenas um ente estadual, cuja execução das obras
seja realizada diretamente pela União ou custeada por meio de transferências
voluntárias da União, e que não integrem originalmente os Eixos Norte e Leste.
ClickPicuí com Assessoria MIDR
Nenhum comentário